O Jogo do Tigrinho nunca perde e apostador do DF acionou a Justiça para TENTAR resgatar seus R$ 169 mil

O jogador acionou a Defensoria Pública do DF (DPDF) para sacar o montante após plataforma bloquear a retirada

A quantia de R$ 169 mil foi acumulada por um morador do Distrito Federal pelo “Jogo do Tigrinho”, mas ele foi impedido de retirar a premiação da plataforma. A empresa alegou que o felizardo deveria depositar mais uma quantia para subir de categoria e, assim, supostamente ter acesso ao dinheiro. Na sexta-feira (14/3), o apostador procurou a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e acionou a Justiça. Ele pede reparação do “dano ocasionado” pela plataforma.

A DPDF alertou que as empresas responsáveis pela plataforma agem sempre da mesma forma, disponibilizando jogos on-line, permitindo que os usuários adquiram créditos em reais e prometendo o resgate desses valores, mas prendendo o saldo existente com base em algum motivo, condicionando a liberação do dinheiro retido ao pagamento de novas quantias via PIX e mantendo o montante ganho pelo usuário retido, mesmo após a efetivação das transferências requisitadas.

No pedido à Justiça, o órgão alegou que existe relação de consumo entre a plataforma e o usuário, o que faz com que a plataforma tenha a responsabilidade objetiva sobre os danos causados a ele. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a reparação dos danos causados independe da existência de culpa por parte do fornecedor.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o papel da Defensoria Pública nos casos que envolvem jogos de azar é fundamental. “É nosso dever proteger os consumidores que se encontram em situações como essa, auxiliando as vítimas a buscarem reparação pelos prejuízos financeiros suportados e garantindo seus direitos”, relata.

O defensor público e chefe do Nudecon/DPDF, Antônio Carlos Cintra, explica que o vício no “Jogo do Tigrinho”, que já vinha comprometendo a renda de milhares de pessoas, mostrou nova roupagem, propiciando golpes como o do presente caso. “A publicidade é toda voltada para a obtenção de lucros financeiros, sem nenhum limitador. A partir daí, verifica-se a imposição de bloqueios arbitrários e objeções que não foram anunciadas previamente. As plataformas agem de forma fraudulenta para garantir novos depósitos e, como consequência, mantêm os usuários presos a elas na esperança de realizar os saques prometidos”, explica.

*Com informações da Defensoria Pública do DF (DPDF)

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.