O delegado apontado como mentor do assassinato de Marielle vai ser ouvido pela PF a pedido do ministro Moraes

Na semana passada, Moraes negou um pedido da defesa do delgado e manteve o homem em prisão preventiva

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta segunda-feira (27) que a Polícia Federal tome o depoimento do delegado Rivaldo Barbosa. O policial é apontado como um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

“Senhor Delegado, Encaminho-lhe os termos da decisão de cópia anexa para adoção das providências necessárias ao seu cumprimento, no sentido de proceder à oitiva do denunciado RIVALDO BARBOSA DE ARAÚJO JÚNIOR, no prazo máximo de cinco dias, assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”, diz Moraes no documento de intimação.

Na semana passada, Moraes negou um pedido da defesa do delgado e manteve o homem em prisão preventiva. Em abril, a defesa do delegado pediu ao Supremo Tribunal Federal para ser ouvido pela Polícia Federal. A esposa dele também pediu para prestar depoimento. Isso porque, de acordo com a defesa, mesmo com a determinação do ministro Alexandre de Moraes, os depoimentos ainda não ocorreram.

Em março, a Polícia Federal informou ao STF que o crime de execução da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, foi idealizado pelos dois irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e meticulosamente planejado pelo delegado Rivaldo Barbosa, que era chefe de polícia do Rio de Janeiro na época do assassinato.

Rivaldo Barbosa e os irmãos estão presos desde o dia 24 de março deste ano. João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho, é deputado federal do União Brasil pelo Rio de Janeiro. Assim como Marielle, ele era vereador do município quando o assassinato ocorreu.

O envolvimento do parlamentar fez com que as investigações fossem ao STF, já que Chiquinho tem foro privilegiado.

Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou aos investigadores, em delação premiada, que Domingos teria encomendado o crime.

Lessa teria afirmado que o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo e a ex-assessora dele, Marielle Franco. Os três, segundo os investigadores, travavam disputas na área política do estado.

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.