Marcella Ellen Paiva está presa desde novembro de 2022 e é acusada de matar o noivo, Jordan Guimarães Lombardi, com um tiro no olho direito dentro de um motel em Brasília. Mudança de data refere-se à juntada de provas solicitadas por defesa
O julgamento de Marcella Ellen Paiva, 32 anos, previsto para ocorrer nesta quinta-feira (26/9), foi adiado para 22 de outubro. A razão é a junção de provas por parte da defesa da modelo, que está presa desde novembro de 2022. Ela é acusada de matar o noivo, Jordan Guimarães Lombardi, com um tiro no olho direito. O crime ocorreu dentro de um motel, no Setor de Postos e Motéis da Candangolândia.
O júri popular estava marcado para começar às 9h30 desta quinta-feira, mas, Johnny Cleik Rocha, advogado de Marcella, explicou que a mudança de data refere-se à juntada de provas, incluindo vídeos armazenados no celular da modelo. A intenção era revelar esse conteúdo no julgamento previsto, mas, por uma questão de prazos, o juiz decidiu adiar.
Relembre o caso
O casal ingressou no estabelecimento em 7 de novembro. Na madrugada, a mulher fugiu do local em um Audi Q7 e dirigiu até próximo à Girassol, mas o carro parou de funcionar no meio do caminho. Ainda seminua, ela desceu do veículo, pegou a arma e abordou o motorista de uma Kombi. Segundo o relato do homem, Marcela o ameaçou, pediu o celular desbloqueado e contou que havia sido vítima de abuso sexual e queria o automóvel dele.
Aproveitando-se da distração da acusada, o motorista da Kombi correu até à BR-070 e pediu socorro. Outro motorista que passava pela via o levou até uma viatura, em Girassol. Policiais militares de Goiás se deslocaram ao local e conseguiram prender a mulher em flagrante. À época, o tenente Renato Zaniz, supervisor do 17º Comando Regional da PMGO, contou que, durante a prisão, os policiais perceberam que a arma de fogo tinha um estojo deflagrado e, quando questionada se teria efetuado algum disparo, Marcela confessou que alvejou o noivo em um motel na capital federal.
Quando foi presa, confessou o crime aos policiais militares e alegou que cometeu o assassinato em legítima defesa, após sofrer abuso sexual. Marcela também contou, à época, que era noiva da vítima há cerca de dois anos e que moravam no bairro de Moema, em São Paulo. Jordan era empresário e trabalhava em um dos mais altos cargos da McKinsey & Company, uma empresa de consultoria empresarial americana
Para a polícia, Marcela deu detalhes sobre o uso de drogas e relatou que estava há dois dias à base de entorpecentes e que, desde os 15 anos, se drogava. Além da arma e quatro cápsulas de munição, os PMs apreenderam um IPhone e uma bolsa com cocaína.