Entenda o que é feito e o que pode ser feito para melhorar o cenário atual e como ele interfere no desempenho dos clubes e na permanência do esporte.
O futebol é um queridinho dos brasileiros. Ele reúne pessoas de todos os lugares para torcer por algo em comum. O futebol é capaz de excluir as diferenças e reunir pessoas de maneira satisfatória e eficiente. Hoje as pessoas se conectam de diferentes formas com o esporte, seja assistindo as suas partidas preferidas, acompanhando as mudanças dos técnicos, pesquisando sobre os jogadores ou até mesmo apostando no seu time preferido no 777Bet.
Um dos fatores determinantes sobre as seleções é o seu fundo financeiro. Ter ou não dinheiro é um marco fundamental e chama a atenção. É preciso ter dinheiro para poder pagar o salário dos jogadores e ir para o campo. O dinheiro é indispensável e diz se o time conseguirá camisas, viagens, estádios e até mesmo torcedores fiéis. Hoje falaremos sobre os principais aspectos e impactos financeiros que existem nas seleções brasileiras. Assim, ficará mais fácil de entender, identificar e solucionar o problema que assola esses times do país.
Fair Play: O que é e como interfere no futebol internacional
O Fair Play é uma expressão que nasceu com algumas regras implementadas pelas organizações responsáveis pelo futebol de cada nação. Com ela, deveriam surgir exigências, como a responsabilidade financeira e igualdade financeira. Uma gestão responsável dos fundos seria imprescindível e garantiria maior estabilidade financeira, redução de dívidas e recuperação rápida de certas perdas em campeonatos.
Apesar disso, o que foi visto foi uma desigualdade financeira que gerou perdas significativas para alguns clubes menos privilegiados. enquanto clubes com maior poder aquisitivo poderiam comprar jogadores de ponta, jovens e com um futuro brilhante, deixando o cenário sem perspectivas para os demais clubes; os menos favorecidos financeiramente não poderiam renovar o time e teriam que competir de igual para igual em um contexto que, visivelmente, os desfavorecem. A contratação do Neymar pelo PSG, por 821 milhões de reais foi um marco no Fair Play e mostrou como esse conceito tem sido falho e precisa ser revisto.
Na Europa essas discussões sobre desigualdade entre times e sobre o Fair Play estão em alta, mas no Brasil as coisas funcionam de uma maneira totalmente diferente. Aqui ainda é um tabu mencionar a má distribuição dos “craques” e desigualdade financeira entre times. Com isso, fica difícil de sequer pensar em como solucionar o problema, uma vez que ele não é reconhecido como um problema. Times se afundam ao tentar ganhar campeonatos e vivem atolados em dívidas, prejudicando seu desempenho e sem pensar em algo mais igualitário e justo para todos, havendo pouca empatia e poucos olhares pelo órgão responsável.
A importância do dinheiro para permanência do futebol
Uma seleção precisa pagar pelos salários de seus jogadores para não os perder. Além disso, também é necessário que ela custeie viagens e busque por patrocinadores. Em campeonatos, a contratação de novas estrelas costuma ser muito bem vista e desejada por todos do time, afinal, é o que garante a vitória certa no momento certo. Todos esses são gastos constantes em seleções no Brasil, cada um com a sua importância.
Quando um time não consegue administrar seus gastos e pagar pelo salário de um de seus jogadores, eles perdem o mesmo. O jogador pode ser comprado por outros times e transitar sem fidelidade à camisa, lutando pelo dinheiro. Apesar de muitos condenarem isso, é preciso entender a importância de receber seu próprio salário e ter as metas e prazos compridos por ambos os lados: o do jogador e o da seleção.
Muitos gostariam que o dinheiro ficasse em segundo plano, uma vez que isso ajudaria muito na hora de elaborar bem as seleções e focar no que realmente importa, mas acaba que essa nunca é a prioridade em times brasileiros. Com isso, times menos privilegiados que estão à margem do futebol brasileiro acabam se afundando em dívidas que nunca serão capazes de pagar.
Patrocínio como fonte de renda
O patrocínio costuma ser visto por muitos como solução imediata e infalível para os problemas enfrentados nos clubes. Apesar disso, na maioria das vezes, as grandes empresas oferecem apenas empréstimos aos times, isso significa que, eventualmente, esse dinheiro precisará ser devolvido, o que não costuma acontecer. Em geral, patrocinadoras não sustentam o time, apesar de ajudarem de forma satisfatória. Em algumas contratações, no entanto, os patrocinadores tomam à frente e podem até mesmo escolher qual jogadores querem trazer para o time, assumindo o valor ou parte dele, pelo menos.
Para os patrocinadores a parceria também é benéfica, uma vez que ela permite que a marca atinja ainda mais pessoas e gere confiança, por estar estampada na camisa de um time querido e para o qual a pessoa torce. Além disso, há uma disseminação da marca por meio de venda de camisetas, o que faz com que ela se sinta confortável e incentivada a financiar a fabricação das mesmas, facilitando a vida do time.
Levantamento financeiro nos clubes
Um relatório feito em parceria entre a Galápagos e a Outfield mostra uma dívida crescente dos times brasileiros. Enquanto o orçamento aumenta e há uma entrada significativa para os times da série A e algum fundo adicional para os times da série B, o que preocupa é que a dívida total desses times só cresce. Os times da série A acumulam uma dívida de 10 bilhões de reais e sem previsão para pagá-la. Isso mostra uma fragilidade financeira dos clubes, que prejudica até o seu desempenho em campo.
Apesar disso, não há só notícias ruins a respeito da saúde financeira dos clubes de futebol no Brasil. Em 2022 foi registrada uma queda de 7% em relação às dívidas dos clubes e um aumento de 37% nas receitas dos mesmos. Afirma-se que houve uma evolução de mais de 150% dos clubes brasileiros em relação a 2021. Isso evidencia como, mesmo com os impactos da pandemia, as seleções conseguiram se solidificar e lutar por uma melhor condição financeira.