A fraca atuação do Brasil mais uma vez perde para o Paraguai por 1 x 0 e dificulta a vida da Seleção no Pré-Olímpico

Com fraca atuação coletiva e forte dependência em Endrick e John Kennedy, equipe Tupiniquim é superada e precisará vencer os próximos dois jogos para ir aos Jogos de Paris-2024

 

A Seleção Brasileira abriu o quadrangular final do Torneio Pré-Olímpico com derrota. Nesta segunda-feira (5/2), a Canarinho foi superada pelo Paraguai, pelo placar de 1 x 0, e larga atrás na sequência final de três partidas da competição.

No estádio Brígido Iriarte, em Caracas, na Venezuela, o Brasil mostrou muita dificuldade para tomar as rédeas de uma partida diante de um Paraguai bem equilibrado. Embora não somasse muitas chances de gol, a equipe paraguaia era a dona da partida, e apresentava expressivo volume de jogo.

Com dificuldade para dar toques consecutivos na bola, a Seleção se mostrava dependente dos atacantes Endrick e John Kennedy. Após não aproveitar as oportunidades de gol, inclusive, com pênalti perdido pelo jovem atacante palmeirense, acabou castigada. Apesar da vitória magra, a equipe tricolor deixava poucos espaços para o Brasil.

A Canarinho, durante todo o confronto, pouco foi capaz de fazer, tanto com a bola, quanto sem ela. Para avançar, a equipe tupiniquim precisará vencer as duas últimas partidas. Será importante, além disso, contar com uma combinação favorável de resultados, a depender dos desfechos dos próximos confrontos.

Agora, ambas as seleções se preparam para os últimos dois desafios do quadrangular final. A Seleção, desfalcada do meio-campista Marlon Gomes, lesionado com uma fratura na fíbula da perna esquerda, entra em campo novamente para encarar a Venezuela. O embate está marcado para a próxima quinta-feira (8/2), no mesmo local, às 20h. Mais cedo, às 17h, o Paraguai joga com a Argentina, também no Brígido Iriarte.

O jogo

Os primeiros 20 minutos do confronto marcaram um domínio singelo da seleção paraguaia. Com passes rápidos e uma eficiente saída de bola por dentro, o Paraguai colocava o Brasil na roda e detinha a posse da bola. A Seleção, com dificuldades na defesa, marcava de forma espaçada e dependia dos principais jogadores – Endrick e John Kennedy – para operar as ações ofensivas.

O time verde-amarelo, ainda assim, mantinha as tentativas de chegar à frente para levar perigo. A melhor oportunidade havia acontecido justamente através do jovem talento do Palmeiras. Depois de driblar o goleiro, Endrick, sem ângulo, tentou encontrar Kennedy dentro da área, mas teve o passe bloqueado.

Tudo mudou, no entanto, aos 27 minutos iniciais. O centroavante de 17 anos acabou derrubado dentro da área por Gilberto Flores, e sofreu pênalti. A chance, entretanto, acabou desperdiçada. O próprio Endrick teve a cobrança defendida pelo goleiro Ángel González, bem posicionado, no meio do gol.

A partir daí, a Seleção passou a ser ainda mais exigida. Aos 33’, o Paraguai esteve perto de abrir o placar, com Marcelo Pérez. Mycael, porém, fez a defesa, à queima-roupa. Com expressivo volume de jogo, a equipe tricolor passava grande parte do tempo no campo de ataque, com a bola no pé. Em poucos momentos, o Brasil chegava ao terço final do gramado.

Porém, ainda assim, as melhores chances de gol pertenciam à Seleção. Aos 43’, Endrick arrancou e rolou para John Kennedy. O atacante do Fluminense, entretanto, de frente para o gol, bateu para fora. Apenas dois minutos depois, o Brasil pagou caro. Após cobrança de escanteio, Vieira deu um chutão para cima. Sozinho, Peralta vai na bola e cabeceia em direção à meta, para abrir o placar.

A segunda etapa se desenvolvia de forma semelhante à primeira. Ainda com dificuldades, o Brasil desempenhava ações burocráticas. Além de pouco criativo, arriscava pouco, sobretudo com a bola no campo de ataque. A equipe mais brigava, em divididas, por exemplo, do que jogava.

Sem claras chances de gol para ambos os lados, a partida era cada vez mais truncada, principalmente no meio de campo. As entradas de Gabriel Pec e Marquinhos pelas beiradas até surtiram certo efeito, principalmente durante as transições ofensivas. A quantidade de passes trocados também se mostrava superior à da primeira etapa. No entanto, com a imutabilidade do cenário, não houve tempo para mais nada.

Ficha técnica:

Brasil 0 x 1 Paraguai

Gol: Peralta (Paraguai)

Cartões amarelos: Arthur Chaves e Lucas Fasson (Brasil); Fernando Román, Fernando Cardozo e Marcelo Fernández (Paraguai)

Árbitro: Roberto Pérez (Peru)

Brasil

Mycael; Khellven, Arthur Chaves, Lucas Fasson e Rikelme; Bruno Gomes, Andrey Santos e Gabriel Pirani; John Kennedy e Endrick.

Paraguai

González; Núñez, De Jesus, Flores e Rivas; López; Leguizamón, D. Gómez, Peralta e Caballero; Pérez. Técnico: Carlos Jara Saguier.

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