Flexibilização da jornada e diversidade são os atrativos profissionais mais procurados, mostra WCD

Pesquisa da instituição aponta que para 62% a flexibilidade no trabalho e
o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional são os fatores
mais buscados nas empresas atualmente

 

Talentos em Redes é o tema da terceira edição da pesquisa WCD Unframed, promovida pela WCD (WomenCorporateDirectors) em parceria com o BMI (Blue Management Institute), realizada em fevereiro último, com um total de 117 respostas das associadas da entidade. Além dos resultados da pesquisa, o material traz também um compilado de artigos que abordam a transformação dos modelos de gestão de capital humano, apresentando visões pragmáticas a partir de experiências pessoais de profissionais do mercado. Essa série de relatórios revela um olhar contemporâneo de mulheres que se destacam na sociedade brasileira, sobre a fronteira do pensamento organizacional.

A gestão do capital intelectual continua autocentrada nos recursos humanos internos. No entanto, já está em tempo o advento de novos modelos, abrangendo os talentos em redes. São vários os aspectos em ascensão no mundo contemporâneo do trabalho.

Nesse sentido, um dos pontos que chamam a atenção na pesquisa refere-se à pergunta sobre quais fatores mais atraíam as pessoas no período pré-pandemia e o que mais as estimula atualmente. Enquanto 54% responderam que antes o principal item era o aprendizado e desenvolvimento intensos, hoje o que mais se busca em uma oportunidade profissional, conforme 62% dos respondentes, é a flexibilidade na jornada e o equilíbrio da vida. Além disso, 31% revelaram preferir o trabalho a distância porque é mais econômico, reduzindo gastos com transporte, alimentação e roupas, e 24% salientaram ser mais seguro ou confortável ficar em casa.

“E aí perguntamos: o que mudou? Foi simplesmente a adoção do modelo híbrido ou o home office? Não. Foram os valores que se transformaram”, observam as coautoras do material, Ana Lucia Caltabiano, Mafoane Odara, Sofia Esteves e Vicky Bloch.

Outra questão relevante do estudo diz respeito à diversidade, equidade e inclusão (DE&I). Para 32% dos respondentes, esses temas não devem ser tratados separadamente da questão do mérito. Metade dos entrevistados reportou que o radicalismo do debate é algo que incomoda bastante. As respostas também mostraram que 37% das empresas têm como principal compromisso educar e sensibilizar o time, a rede e o ecossistema em torno do tema “diversidade e inclusão”.

Não é sem razão que as empresas que mais cresceram nos últimos anos foram aquelas que mais inovaram, aperfeiçoaram as relações e tiveram agilidade na criação de novos modelos de negócios. Também foram as que mais investiram em ampliar a representatividade racial e de gênero em todos os níveis hierárquicos e passaram a ver diversidade, equidade e inclusão como elementos fundamentais para o crescimento, inovação e desenvolvimento. Saúde mental também é um pilar estratégico.

Ao longo de artigos cuja análise compõe parte da pesquisa que foi realizada, as coautoras salientam ter identificado inúmeros pontos de conexão com a tese central do relatório Unframed III: as organizações incumbentes e seus acionistas, conselheiros e executivos, precisam compreender melhor o potencial de geração de valor e impacto dos novos modelos de gestão de capital humano. “Para tanto, necessitam desafiar suas crenças cristalizadas, seus mapas mentais confortáveis e seus dogmas. Também precisam ganhar conforto diante do complexo e do emergente, estimulando seus talentos e lideranças mais diversos em frentes concomitantes de experimentação”, concluem as coautoras.

 

Sobre a WCD

A iniciativa WCD (WomenCorporateDirectors), entidade sem fins lucrativos, é uma comunidade global que atua no incentivo de boas práticas de governança e no fomento da diversidade em Conselhos de Administração. Criada nos Estados Unidos há 20 anos, está presente em mais de 40 países. Encontra-se no Brasil desde 2009, (bases em São Paulo e no Rio de Janeiro), com mais de 330 associadas, sendo 89% conselheiras (Conselhos de Administração, consultivos e comitês) e as demais executivas C-Level. Ao redor do mundo, conecta mais de 2.400 conselheiras, a maioria de grandes empresas.

No Brasil, atua em diversas frentes promovendo a diversidade: 1) liderança do Programa Diversidade em Conselho, junto ao IBGC, B3, IFC e Spencer Stuart; 2) parceria com a CVM, integrando o LAB de Inovação no subgrupo que discute Diversidade & Inclusão; 3) Programa Conselheira 101, iniciativa lançada em 2020 que promove a diversidade racial nos Conselhos e 4) Advocacy com Stakeholders, que apresenta a importância da diversidade nos colegiados e disponibiliza a base de associadas para empresas de capital aberto sem mulheres em conselho, investidores e fundos de Private Equity.

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