Como funciona uma empresa de indústria?

Em resumo, uma indústria pode ser entendida como um local que realiza a transformação de qualquer matéria-prima em objetos prontos para consumir.

As indústrias fazem a sua instalação em lugares que possam oferecer uma boa mão de obra, além de matéria-prima, energia, transportes e mercado consumidor para que os produtos desenvolvidos possam ser comercializados.

No geral, podemos classificar as indústrias em três grandes grupos, dividindo-as de acordo com a sua produção, sendo eles:

  • Indústrias de base;
  • Indústrias de bens intermediários;
  • Indústria de bens de consumo.

Uma empresa de usinagem de peças, por exemplo, faz parte das indústrias de bens intermediários, onde ocorre um processo mecânico de desgaste da matéria bruta, originando uma peça de formato específico.

No Brasil, inclusive, existem várias indústrias importantes, marcas que atuam na área da tecnologia, bebidas e automobilística.

Tipos de indústria

Como você já sabe, a atividade industrial consiste em uma série de processos para realizar a transformação de uma matéria-prima em um produto pronto para consumir, seja durável ou não durável.

Exemplificando, podemos considerar como produto durável uma chapa de inox que pode ser utilizada para várias finalidades.

Já os produtos não duráveis, são aqueles que possuem uma data de validade, como os alimentos ou remédios. Falaremos mais sobre isso no decorrer do artigo.

Os tipos de indústrias existentes são classificados de acordo com o tipo de produção industrial executado, ou seja, aquilo que a indústria produz. Abaixo, iremos falar um pouco mais sobre os tipos de indústria e seus respectivos detalhes. Confira:

Indústrias de base

Conhecidas também como indústrias de bens de produção, esse tipo de indústria é responsável por fazer a transformação da matéria-prima bruta, encontrada nos meios naturais, em uma matéria-prima processada para ser usada em outros ramos industriais.

Dessa maneira, esse tipo de indústria faz a produção de equipamentos e matéria-prima que, posteriormente, serão usados por outras indústrias.

Indústrias de bens intermediários

Já as indústrias de bens intermediários nada mais são do que aquelas que fazem a produção de bens manufaturados ou matéria-prima processada para outros ramos industriais, portanto esse tipo de indústria faz a produção de outros bens.

Ou seja, aquele material que você conhece que é usado em botinas de EPI, por exemplo, passou por uma indústria de bens intermediários antes mesmo de virar a botina que é utilizada frequentemente por funcionários.

Trata-se de insumos que são produzidos para que outras indústrias possam fazer a sua produção.

Indústrias de bens de consumo

Por fim, temos as indústrias de bens de consumo, que fazem a produção e direcionam o produto diretamente para o mercado consumidor.

Esse tipo de indústria é dividida em duas classificações: bens duráveis e não duráveis. Os bens duráveis são aquelas mercadorias que podem ser usadas por um longo tempo, como roupas, eletrônicos e calçados.

Além desses produtos, temos também alguns equipamentos que são produzidos para certas finalidades.

Ou seja, uma estufa para pintura automotiva, por exemplo, é um tipo de produto que, antes de chegar na sua versão final, passou por uma série de processos para estar com os materiais necessários que estejam de acordo com os requisitos finais do produto.

Por outro lado, temos os não duráveis, que são produtos perecíveis, ou seja, possuem um prazo de validade curto, como os remédios e alimentos. Para que você possa entender melhor, confira o tópico abaixo:

  • Indústrias de base: mineradoras, madeireiras, metalúrgicas;
  • Indústrias de bens intermediários: responsáveis por produzir plásticos e eletrônicos;
  • Indústrias de bens de consumo duráveis: móveis, eletrônicos e automóveis;
  • Indústrias de bens de consumo não duráveis: cosméticos e alimentos.

Agora que você sabe quais são os tipos de indústrias existentes e de onde surgem as bombas de engrenagem e outros tipos de produtos, vamos conhecer a evolução da indústria.

Evolução da indústria

Inicialmente, as primeiras atividades industriais começaram a ser desenvolvidas no mundo a partir da chamada Primeira Revolução Industrial, que ocorreu na Europa, mais precisamente no Reino Unido, no século XVIII.

Nesse mesmo período foi criada a máquina a vapor e o carvão mineral, que era a principal fonte de energia dos mecanismos. Historicamente, a indústria têxtil foi a primeira a ser criada.

Esse processo avançou para outros países, como a Bélgica, França, Estados Unidos e Japão, onde se tem processos extremamente otimizados para o desenvolvimento de certos tipos de produtos, como as bombas hidráulicas, materiais de construção, etc.

No século XIX, após 100 anos da primeira fase da Revolução Industrial, o mundo vivenciou a segunda etapa desse processo.

Trata-se da Segunda Revolução Industrial, um momento onde as nações começaram a fazer novos avanços no processo de produção, que se aplicava em indústrias automobilísticas, petroquímicas, siderúrgicas e metalúrgicas.

Todas as áreas citadas acima começaram a emergir no cenário econômico mundial, tornando-se grandes ascensões.

Os automóveis, inclusive, foram considerados a principal criação naquele período, mas ao mesmo tempo aviões, telefones, eletricidade, lâmpada e raio-x também ganharam seus respectivos destaques.

Na década de 1970 o mundo presenciou uma nova fase, a Terceira Revolução Industrial, conhecida também como Revolução Técnico-Científica Informacional.

Ela abriu espaços para processos mais rápidos na composição de sensor de temperatura e outros diversos tipos de produtos.

Essa nova fase ficou conhecida como a era da informação e das telecomunicações, responsáveis por inserir profundas mudanças na sociedade, como o surgimento da internet, computador, biotecnologia, satélites, indústria química e de alta tecnologia.

Em meio a esses processos que se tornaram ainda mais eficientes, a distância entre as sociedades mundiais foi reduzida, interligando ainda mais o mundo e ampliando o processo de globalização.

Fatores locacionais

Resumidamente, os fatores locacionais são conhecidos como elementos que atraem as indústrias no que se refere à sua localização de produção.

Como já foi dito no início deste artigo, existem algumas vantagens para que uma indústria especializada em desenvolver esteira transportadora, por exemplo, possa se estabelecer em um local, como:

  • Matéria-prima;
  • Mão de obra qualificada;
  • Fontes de energia;
  • Infraestruturas de transportes;
  • Mercado consumidor;
  • Incentivos fiscais;
  • Redes de comunicação.

O nível de importância de cada fator locacional pode sofrer variações de acordo com o tipo de indústria, isso porque, em muitos casos, um aspecto pode influenciar mais que o outro, determinando a futura localização da indústria.

Para ilustrar melhor, uma indústria mineral é localizada em regiões que possuem mais recursos minerais. Por outro lado, a indústria automobilística precisa de mão de obra qualificada, além de precisar de uma rede de transportes para seus produtos.

Indústria no mundo

Hoje em dia, é muito comum se deparar com alguns polos de concentração das indústrias e zonas. A dinâmica da industrialização mundial acompanhou o tempo e também o espaço, e com isso foram criadas várias áreas de concentração industrial espalhadas pelo planeta.

São vários países, nações e lugares que concentram as principais empresas e indústrias do mundo, nos mais variados segmentos existentes.

Os Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Japão, China e Coreia do Sul são exemplos de países que abrigam as sedes das principais indústrias do mundo. 

Dessa forma, as grandes empresas localizadas nesses países na maioria das vezes estão dominando o cenário econômico produtivo mundial.

Indústria no Brasil

Como de costume, algumas coisas no Brasil só acontecem bem depois, e com a industrialização não foi diferente, tendo um início tardio comparado ao restante do mundo, afinal, despontou no século XX, mais precisamente na década de 1930.

Com a crise que aconteceu em 1929, o país perdeu o mercado do café e precisou se reinventar economicamente.

O governo brasileiro e os barões do café começaram a fazer a implementação de sistemas de energia, transportes e maquinaria, o que contribuiu para que o país obtivesse avanços no processo de industrialização.

As indústrias de base foram as primeiras indústrias a se consolidarem no país. Mais precisamente, estamos falando da Companhia Siderúrgica Nacional (1941), a Vale do Rio Doce (1943) e a Companhia Hidroelétrica São Francisco (1945).

Com o passar do tempo, o setor privado começou a receber fortes investimentos, o que contribuiu para que as portas da globalização se abrissem para o Brasil, possibilitando a entrada de multinacionais e indústrias nacionais com forte poder no mercado.

Atualmente, no território brasileiro, podemos notar várias grandes marcas nacionais, e internacionais, que atuam em várias áreas.

Conclusão

Neste artigo, procuramos mostrar em detalhes, como as empresas industriais funcionam, além de abordar as questões históricas e os detalhes de cada tipo de indústria.

Por fim, é interessante observar como as grandes empresas hoje estão presentes em praticamente todo o mundo. A globalização é, de fato, um fenômeno que contribui para vários debates e reflexões que, consequentemente, envolve a industrialização.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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