
Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação volta ao centro das atenções dos estudantes. Considerada uma das etapas mais importantes da prova, ela pode ser decisiva na nota final e garantir o ingresso nas universidades mais concorridas. Para ajudar os candidatos nesta reta final, a professora Tatiana Soares Vidal, especialista em correção de redação modelo Enem e PAS e docente da Maple Bear, reuniu 15 dicas práticas que podem fazer toda a diferença no desempenho.
Segundo Tatiana, o segredo para uma boa redação está na combinação entre técnica e repertório sociocultural. “Um bom texto dissertativo-argumentativo precisa ir além da opinião pessoal. É necessário fundamentar os argumentos com dados, citações, referências literárias ou culturais. Isso demonstra domínio do tema e repertório produtivo, avaliados diretamente nas competências do Enem”, explica.
Confira as 15 recomendações essenciais da professora:
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Fundamente seus argumentos: use citações, dados estatísticos, notícias, obras literárias ou culturais que legitimem suas ideias.
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Garanta progressão temática: desenvolva o tema com coerência, explicando e comprovando a tese apresentada na introdução.
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Evite a primeira pessoa: o texto deve ser impessoal e objetivo.
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Mantenha correção gramatical: até três desvios podem ser tolerados para nota máxima na competência I.
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Introdução e conclusão equilibradas: entre 4 e 7 linhas cada.
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Leia com atenção o tema e os textos motivadores: para não tangenciar o assunto proposto.
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Não coloque título: no Enem, esse elemento não é avaliado.
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Apresente uma proposta de intervenção completa: com agente, ação, meio e finalidade.
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Use conectivos variados: para garantir coesão e fluidez entre as ideias.
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Respeite os direitos humanos: propostas que os violem zeram a competência V.
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Selecione e organize bem os argumentos: isso é essencial para nota máxima na competência III.
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Estruture o texto com, no mínimo, três parágrafos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
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Demonstre repertório sociocultural: conecte referências culturais, históricas ou artísticas ao tema.
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Domine a norma culta: evite gírias e expressões coloquiais.
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Prefira períodos curtos e claros: frases longas reduzem a objetividade e a clareza.
“Mais do que decorar fórmulas, o estudante precisa entender o que está sendo pedido e saber defender uma tese com lógica e empatia. A clareza e o equilíbrio entre forma e conteúdo são o que diferenciam uma boa redação de uma nota mil”, reforça Tatiana.




