A partir deste estudo, os cientistas buscam entender o impacto de mutações genéticas nas células do cérebro de pessoas com doenças raras associadas ao transtorno do espectro autista
Com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a AFIP (Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa) está realizando um projeto, que visa avaliar o impacto de mutações genéticas raras nas células do cérebro de pessoas com enfermidades do neurodesenvolvimento, associadas ao transtorno do espectro autista. O estudo inclui síndromes raras associadas a mutações em diferentes genes, como POGZ, CREBBP e FOXP1. A iniciativa reúne diversos cientistas. São pesquisadores da AFIP, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), incluindo alunos de Iniciação Científica de diferentes níveis de Pós-graduação, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado. Esses alunos são orientados por Dra. Mariana e pelo Prof. Dr. Sergio Tufik, que também integra a equipe de pesquisadores.
Estudo O projeto envolve a manipulação genética das células-tronco de um indivíduo saudável para que se assemelhem às de uma pessoa com a doença rara. A edição das células é realizada pela técnica conhecida pela sigla CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats). Com o CRISPR, os cientistas introduzem mutações nas células-tronco para gerar modelos isogênicos (geneticamente idênticos entre si) in vitro e depois diferenciam essas células em neurônios. A AFIP (Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa) é uma instituição privada, sem fins lucrativos e filantrópica, fundada por profissionais da área da saúde, professores universitários e pesquisadores há mais de 40 anos. Seu objetivo é fornecer suporte financeiro para atividades de docência, pesquisa científica e atendimento médico à população. |