O Acesso à internet cresceu e hoje já atinge 84% dos domicílios, disse um estudo

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16/11) mostra ainda que o aumento foi puxado pelas classes C e DE. Percentual aumentou em quatro pontos em relação ao ano passado

 

O acesso à internet nos lares brasileiros voltou a crescer em 2023 após dois anos de estabilidade, segundo a pesquisa TIC Domicílios divulgada nesta quinta-feira (16/11) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Segundo o levantamento, 84% das residências estão conectadas, o que equivale a 64 milhões de lares. O aumento é de quatro pontos percentuais em relação a 2022, com 80%.

O estudo, que foi conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), aponta ainda que o crescimento foi puxado pelo aumento na conectividade das classes C (de 87% para 91% em relação a 2022) e DE (de 60% para 67%). Houve também aumento no número de usuários da internet, de 81% para 84%, representando cerca de 156 milhões de brasileiros que acessaram a rede pelo menos uma vez nos três meses anteriores ao questionário.

“Apesar do recuo, o número de brasileiros desconectados ainda é preocupante, na medida em que muitas atividades e serviços são disponibilizados exclusiva ou preferencialmente no ambiente on-line. Não ter acesso à internet pode significar estar excluído de inúmeras oportunidades”, avalia Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

O número de pessoas que não usam a internet caiu de 36 milhões em 2022 para 29 milhões em 2023. Desses, 24 milhões estão em áreas urbanas, 17 milhões se declararam pretos ou pardos e 17 milhões pertencem à classe DE, o que ressalta a exclusão digital nas periferias urbanas. Já 24 milhões dessas pessoas cursaram até o ensino fundamental, e 16 milhões têm 60 anos ou mais.

Uso de serviços digitais do governo aumentou

O estudo também verificou os hábitos de acesso à internet pelos brasileiros. O celular é o dispositivo mais utilizado, com 99% dos usuários se conectando pelo dispositivo. Em seguida vêm a televisão (58%) e o computador (42%). Na classe DE, 87% acessaram apenas pelo smartphone. Para Barbosa, a pesquisa demonstra que a qualidade do acesso à internet no Brasil ainda é muito desigual, “o que restringe o desenvolvimento de habilidades digitais e a fruição plena dos benefícios que a internet tem a oferecer”.

Cresceu também o número de usuários da rede que acessam os serviços digitais do governo, de 65% em 2022 para 73% em 2023. Os serviços começaram a ser implementados de forma mais enérgica pelo governo a partir de 2020. Além disso, metade dos usuários (50%) fez compras on-line nos 12 meses anteriores ao questionário, uma marca de 78 milhões de pessoas.

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