Foto Jaqueline Cunha
No dia 6 de agosto, a partir das 10h30, o Instituto Zeca Pagodinho inaugura, na Rua Jessé Gomes da Silva, em Xerém, os murais “Santíssima Trindade” e “Deixa Vida Me Levar”, que fazem parte do projeto “Tons da Baixada: um museu a céu aberto”. O evento contará com uma roda de choro comandada por Artur Costa.
Elaborada pelo muralista Cazé, com assistência artística de Cesola Mendes e com pesquisa e produção de Pedro Rajão, a obra “Santíssima Trindade” celebra Pixinguinha, Donga e João da Baiana, cujas influências se estendem também ao choro, maxixes e lundus. O mural ilustra suas trajetórias e legados imortais, refletindo desde os primeiros encontros em terreiros, passando pelas manifestações de resistência e arte, e se aprofundando na conexão desses artistas com a cultura e a ancestralidade africana. Uma das cenas do mural se refere à história da canção “Pelo Telephone”, de Donga. Este samba, considerado o “primeiro samba gravado” na história, em 1916, teve inspiração na capa do jornal A Noite de 2 de maio de 1913.
Já a arte do muro “Deixa a Vida Me Levar” foi feita por 30 alunos do Instituto, durante as oficinas de grafite e stencil, que ocorreram no mês de maio e foram conduzidas pelo artista visual Rodrigo CB, pelo grafiteiro Isaac RGT e pela artista relacional e educadora Gabriele Valente. Os murais, também inspirados nos gênios do samba, terão um QR Code que direcionará os visitantes ao site do projeto, onde será possível acessar uma playlist sobre a Santíssima Trindade do Samba e suas biografias. Aliás, na data da inauguração, o cantor, compositor, percussionista e curador do projeto Bira da Vila comanda um bate-papo, em das salas do IZP, junto com o muralista Cazé e o produtor cultural e pesquisador Pedro Rajão. Eles vão falar sobre o processo criativo das obras e discutirão a importância e legado de Pixinguinha, Donga e João da Baiana.
O projeto “Tons da Baixada: um museu a céu aberto” é uma iniciativa cultural que visa homenagear e preservar a rica herança musical da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro, especialmente no gênero do samba. A proposta é combinar arte urbana, música e inclusão social, e tem como objetivo central a criação de um espaço de referência cultural no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Apoiados pela Lei Paulo Gustavo através do Edital de Chamada Emergencial nº 17/2023 ‘Conexões Urbanas’ da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, o projeto “Tons da Baixada” marca o 59º mural do NegroMuro, que há 6 anos realiza um mapeamento da memória negra através do muralismo, uma arte urbana em larga escala. Este é o terceiro mural na Baixada Fluminense, celebrando os três gênios que nasceram no Rio de Janeiro no final do século 19 e marcaram para sempre a história da música brasileira. O primeiro foi produzido em São João de Meriti, na casa de João Cândido, o Almirante Negro da Revolta da Chibata, e o segundo, no Ilê Omijuaro, Terreiro de Mãe Beata de Iemanjá, em Nova Iguaçu. As artes retratam com carinho o samba de terreiro, o samba urbano e a evolução musical, misturando tradição com o contexto social e político da época. Os três músicos são representados em momentos icônicos, destacando seu papel como pilares do samba e ícones da música brasileira.
Serviço:
Data: 06 de agosto
Horário: 10h30
Local: Instituto Zeca Pagodinho, Rua Jessé Gomes da Silva, 54 – Xerém, Duque de Caxias – RJ, 25245-620
Ficha Técnica projeto “Tons da Baixada: um museu a céu aberto”:
Concepção: Instituto Zeca Pagodinho
Produção Executiva: Xerém Projetos
Curadoria: Bira da Villa
Coordenação de Produção: Bianca Ferraz
Coordenação de Pesquisa: Clara Martins, Aline Soares
Produção Audiovisual: Bruno Gaigher
Oficineiros: Gabriela Valente, Rodrigo CB, Isaac RGT
Assessoria de Imprensa: JB Assessoria de Comunicação
Mídias Sociais: Lacomunica
Acessibilidade Cultural: Braga Produções
Mural “Deixa Vida Me Levar”:
Gabriela Valente, Isaac RGT, Rodrigo CB
Mural “Santíssima Trindade”:
Arte: Cazé Arte
Artista Assistente: Cesola Mendes
Pesquisa e Produção: Pedro Rajão
