No dia 31 de julho, o Deputado Thiago Manzoni (PL- DF) apresentou o projeto de lei 19087/2023, que institui o “Dia da Memória das Vítimas” do comunismo no calendário de eventos do Distrito Federal. A data de 4 de junho foi escolhida por ser o dia em que o mundo relembra o massacre na Praça da Paz Celestial, que consistiu na repressão do governo da República Popular da China às manifestações populares pacíficas ocorridas em Pequim no ano de 1989, por meio do emprego da força militar. A ofensiva matou cerca de 2 mil civis.
Apesar de tamanha barbárie, ainda há quem, nos dias atuais, defenda regimes semelhantes a esses e apoie ditaduras que violam reiteradamente os direitos humanos, como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e Nicarágua. “Por esse motivo, propomos a presente proposição que tem como objetivo instituir uma data anual destinada a gerar reflexão na sociedade por todas as mortes causadas por regimes baseados nessa ideologia, de modo que, de nenhuma maneira, o Brasil seja alcançado por esse mal”, justifica Manzoni.
Na semana da data comemorativa, o Poder Público poderá organizar atividades que proporcionem reflexão acerca dos danos à humanidade causados pelas ditaduras comunistas ao longo da história.
Sobre o massacre na Praça da Paz Celestial
Segundo informações da BBC News, até hoje, a censura e a ausência de qualquer relatório oficial impossibilitam saber quantas pessoas morreram naquela madrugada. Relatos de jornalistas estrangeiros que presenciaram o massacre indicam que houve de 2 mil a 3 mil mortes.
As manifestações que sacudiram Pequim e várias outras cidades na primavera e no verão de 1989 foram iniciadas após o falecimento, em abril, do dirigente marginalizado do Partido Comunista Hu Yaobang, advogado do liberalismo econômico e político.
Um protesto espontâneo de luto público, encabeçado por estudantes, transformou-se rapidamente em extensas manifestações que ocuparam as ruas, demandando que sua reputação fosse restaurada e que seu legado fosse homenageado com reformas democráticas para a liberdade de imprensa e o término da corrupção no governo.