Movimento pró-democracia envia ofício ao MRE, Câmara e Senado pedindo uma posição do Brasil em relação ao conflito entre China e Taiwan 

 

O Movimento Democracia Sem Fronteiras (DSF) encaminhou, na quarta-feira (10), um ofício ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), Câmara dos Deputados e Senado Federal solicitando o reconhecimento de Taiwan como país soberano, e pedindo ao governo brasileiro que aplique sanções contra o governo chinês.

 

No documento, o grupo ressalta que o assunto precisa ser levado à discussão presidencial e parlamentar pois trata-se da “envergadura na política e economia do Estado Brasileiro”.

 

“A China é a maior economia do Brics, com um PIB com cerca de US $15 trilhões, e assume o papel de principal parceiro comercial do Brasil, ocupando o primeiro lugar como destinatário das exportações brasileiras. Entretanto, o predomínio econômico chinês não se deve traduzir em violação dos direitos humanos, e principalmente, na privação de liberdade exercida sobre Taiwan”, diz o texto.

 

O DSF, desde 2019, realiza diversas ações para chamar a atenção dos parlamentares brasileiros, imprensa e sociedade civil para as questões de violações dos direitos humanos cometidas por governos autoritários. Para o grupo, “ao longo de décadas restou provado que Taiwan é independente e capaz de se autoadministrar”, e por isso solicita o seu reconhecimento, por parte do governo brasileiro, como um país soberano.

 

No ofício, o grupo ressalta a aplicação de sanções econômicas e diplomáticas contra as autoridades chinesas, uma vez que os impactos das ações do governo chinês se estendem aos demais países, inclusive ao Brasil.

 

“Segundo números do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) mostram que Taiwan é 42º país que mais compra do Brasil. Ou seja, a tensão existente entre a China e Taiwan e um eventual conflito armado, acertaria em cheio a economia brasileira, pois acarretaria problemas logísticos de embarcações e exportações entre as regiões”, aponta o grupo.

 

“Assim como Hong Kong, Taiwan também deve ter sua liberdade e reconhecimento, um povo não pode se submeter aos caprichos de um governo autoritário. O Brasil deve manter boas relações com o povo chinês, mas não compactua com ataques aos direitos humanos”, ressalta o presidente do DSF, Jorge Ithallo dos Santos, ao encaminhar o ofício às entidades brasileiras.

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