Mesmo o uso moderado de álcool aumenta o acúmulo de ferro no cérebro

O acúmulo de ferro no cérebro está associado a doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Estudo mostra que, mesmo em doses moderadas, o consumo de álcool pode levar a um maior depósito de ferro

Estudos apontam que o consumo moderado de álcool aumenta nossa longevidade. Diminui o risco de infarto do coração e acidente vascular cerebral. Entretanto, um robusto corpo de pesquisas tem nos mostrado que esse mesmo consumo moderado promove uma maior redução do volume cerebral ao longo dos anos.

Recentemente, um novo estudo foi publicado mostrando que esse consumo também aumenta os níveis de depósito de ferro em algumas regiões do cérebro, como os núcleos da base, estruturas não só ligadas à motricidade, mas também a inúmeras funções cognitivas.

O acúmulo de ferro no cérebro está associado a doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson, mas também ao consumo exagerado de álcool. O presente estudo mostrou de forma inequívoca que, mesmo em doses moderadas, o consumo de álcool pode levar a um maior depósito de ferro. E quanto maior esse depósito, menor foi o desempenho nos testes cognitivos, especialmente na resolução de problemas, funções executivas e velocidade de reação.

Foram mais de 20 mil voluntários estudados. E o que é moderado? Sete doses de álcool por semana, 5 taças de 175ml de vinho por semana ou uma long neck por dia.

*Dr. Ricardo Teixeira é neurologista e diretor clínico do Instituto do Cérebro de Brasília

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