Com o comércio enfraquecido e desanimado para a Black Friday e festas de fim de ano os lojistas não se animam com promoções e vendas revela CNC

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da CNC, recuou 3% na passagem de setembro para outubro

 

Mesmo com as comemorações de fim de ano se aproximando, o sentimento entre os empresários do comércio é de pessimismo generalizado, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que recuou 3% em outubro, ante o mês anterior, descontados os efeitos sazonais. A retração mensal foi a maior já registrada neste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Embora o nível de confiança ainda esteja em 112,8 pontos, que é considerado dentro da zona de otimismo — acima dos 100 —, a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira, aponta que essa retração do otimismo no comércio já é observada desde janeiro, e que a tendência é que pelos próximos meses esse movimento continue.

“Então, por mais que estejam se aproximando as datas comemorativas mais importantes para o varejo, em termos de alta nas vendas, no faturamento, o varejista tem sentido uma maior dificuldade de operar e de alavancar as vendas. Temos visto a inadimplência empresarial crescer, receitas e margens de lucro diminuírem”, comenta a economista.

Pessimismo em relação à economia

Além de ter sido a maior do ano, a queda da confiança também foi generalizada. Em outubro, todos os indicadores caíram tanto na comparação mensal quanto na anual. O destaque apontado pela confederação foi o recuo na avaliação das condições atuais, que regrediu 6,8% apenas neste mês. A maior desconfiança é relacionada à economia do país, já que o nível regrediu 9,9% nesse quesito.

Ainda segundo a CNC, o comerciante já sente a desaceleração da atividade econômica neste fim de ano. De acordo com o levantamento, seis em cada 10 empresas consultadas apontaram piora na economia e no desempenho das vendas. “Então, esse cenário de condições atuais de expectativas menos favoráveis levaram, também, a uma queda na intenção de investir e de contratar funcionários para a atividade corrente da empresa, muito além das contratações de temporários”, completa Isis Ferreira.

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