Com inflação alta, poupança tem recorde de saques no semestre

A saída líquida foi de R$ 50,5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, as retiradas coincidem com a alta da inflação, que acumula 11,73% em 12 meses

 

Os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 50,5 bilhões no primeiro semestre de 2022. Segundo o balanço do Banco Central, o resultado foi negativo em cinco dos seis meses deste ano. Apenas no mês de junho, a saída líquida foi de de R$ 3,755 bilhões, maior retirada para o mês desde 2015, quando o resultado foi negativo em R$ 6,261 bilhões.

No acumulado do semestre a retirada representou a maior da série histórica, iniciada em 1995. Os valores são nominais, ou seja, não descontam a inflação.

A elevada saída de recursos da poupança coincide justamente com a alta da inflação, que acumula 11,73% em 12 meses, encerrados em maio. Além disso, outro fator que pode explicar a saída de recursos é a alta da taxa básica de juros, a Selic. A taxa está em 13,25% ao ano, maior juro básico desde dezembro de 2016.

A tradicional caderneta de poupança segue com o rendimento travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), perdendo para a inflação e para outras aplicações de renda fixa.

Devido à greve dos servidores, o Banco Central parou de divulgar os dados do resultado da poupança. O último dado de fechamento mensal foi em março. Com o fim da greve, anunciada nesta semana pela categoria, a instituição retomou as divulgações.

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