São Paulo traz um dos custos de vida mais elevados do mundo, então morar sozinho requer um grande planejamento financeiro.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros que moram sozinhos aumentou na última década. Em 2022, dos 74 milhões de domicílios apurados em todo o país, 15,9% são unipessoais – 3,7% a mais que o registrado em 2012. A maior concentração de brasileiros que moram sozinhos se encontra no Rio de Janeiro (19,6%) e no Rio Grande do Sul (19,5%).
Já se tratando do público, o principal perfil de quem mora sozinho no Brasil são homens entre os 30 e os 59 anos de idade. Isso mostra uma prevalência de indivíduos que já conquistaram uma certa estabilidade financeira, pois, assim como diversos estudos já apuraram, é necessário um grande planejamento e organização para conquistar essa independência. A simulação mais recente recomenda uma renda mensal de, no mínimo, R$ 5.137; dessa forma, é possível cobrir todos os gastos com aluguel, alimentação, transporte, despesas variadas e uma reserva de emergência.
São Paulo, maior polo urbano do Brasil, atualmente possui um dos maiores custos de vida do mundo. De acordo com uma pesquisa do grupo suíço Julius Baer, a capital paulista se encontra em nono lugar no ranking de cidades mais caras para se manter um padrão de vida. Dependendo do bairro, a média do aluguel de um apartamento de 40 m² com apenas um dormitório é de R$ 3.600, podendo ultrapassar R$ 4.000, caso seja mobiliado.
A alta de preços não é um problema exclusivo da capital paulista, apesar de continuar sendo a cidade mais cara para se morar sozinho no Brasil. Nos últimos 12 meses, o valor do aluguel em Florianópolis (SC) aumentou em 37,83%, enquanto Goiânia (GO) subiu em 36,98%. Isso mostra um aumento crescente do custo de vida nas capitais brasileiras e reforça a necessidade de um bom planejamento financeiro de quem tem planos de morar sozinho.
Além de assegurar uma renda que consiga dar conta de todas as despesas, antes de se mudar, é recomendado acumular um dinheiro para arcar com os móveis, as reformas e garantir uma reserva de emergência inicial. No caso do transporte, um carro por assinatura compensa, já que livra o usuário dos impostos do veículo e limita os gastos à mensalidade e ao abastecimento.
Vale lembrar que os valores mais altos ficam concentrados nas grandes cidades, em lugares bem localizados, então vale a pena fazer uma boa pesquisa em regiões próximas, pois muitas vezes é possível economizar com aluguel sem ficar distante dos benefícios das capitais.