Andreia Pimentel revela curiosidades sobre os insetos comestíveis

 

Do corante ao chocolate, a Chef responde às principais dúvidas sobre o universo da Entomofagia

Quando pensamos em pratos com insetos, logo lembramos da Andreia Pimentel, que se tornou referência no Brasil ao incluí-los nas receitas exóticas da alta gastronomia, e também no quadro “Cardápio Surpresa” do programa Eliana, onde a apresentadora convida artistas para degustar.

 

A Chef recebe diariamente em suas redes sociais perguntas sobre o universo da Entomofagia, consumo de insetos como fonte alimentar, e revela as principais curiosidades, que vão desde o uso de corantes ao chocolate, por exemplo.

 

Confira:

 

Os insetos são fontes muito ricas em diversos nutrientes

O consumo de insetos por humanos é benéfico principalmente devido à composição nutricional. Esses animais são capazes de oferecer para o ser humano nutrientes de alta qualidade, destacando proteínas (aminoácidos essenciais), sais minerais (como fósforo, ferro e zinco), vitaminas e lipídios, além de serem fontes de fibras alimentares. Desse modo, por serem ricos nutricionalmente os insetos são capazes de funcionar como suplemento alimentar para seres humanos subnutridos.

 

Insetos tem mais proteínas do que carne de gado

Quando comparados a aves e bovinos os insetos são mais ricos em nutrientes. Estudos têm demonstrado que a “carne” dos insetos contém quantidades de proteínas e lipídeos satisfatórias e são ricas em sais minerais e vitaminas. Por exemplo, a formiga da espécie Atta cephalotes (tanajura) possui mais proteínas (42,59 %) do que a carne de frango (23 %) ou bovina (20 %).

 

A alimentação do inseto influencia no seu gosto

A formiga (Içá) e os besouros em sua maioria tem gosto de amendoim e as saúvas machos gostam de menta. 

Os grilos tem gosto de camarão e milho, enquanto a maioria das larvas têm sabor de cogumelos amendoados e são mais amargos, as pupas da seda gosto de madeira e pinhão as larvas de abelhas lembram o pólen. Por outro lado, tenébrios fritos na manteiga têm gosto de bacon. Mas no geral, os insetos tendem a ter gosto de nozes, castanhas especialmente quando assados, isso vem das gorduras naturais que eles contêm, combinado com o crocante de seus exoesqueletos ricos em minerais.

 

Comer insetos diretamente da natureza é perigoso

Sim, existem espécies específicas para alimentação humana que são criados em cativeiro (fazendas urbanas) para este fim, os riscos de se alimentar diretamente da natureza podem ser de ordem química (venenos, resíduos de pesticidas, de antibióticos ou de poluentes orgânicos), biológica (parasitas, vírus, bactérias), física (partes duras do inseto como o ferrão) e sobretudo alergênica.

 

O consumo de insetos favorece o meio ambiente

Sim, a criação de insetos é uma solução sustentável para alimentação humana e animal, as criações de insetos emitem menos gases de efeito estufa que as de outros animais. Além disso, necessitam de quatro vezes menos insumos que as criações de gado e se alimentam de resíduos orgânicos. Por não ser uma atividade necessariamente terrestre, não se faz necessário o manejo do solo e são cultivados em pequenos espaços.

 

O Corante Carmim, utilizado em iogurte, balas de goma, gelatinas, entre outros, é obtido a partir do processamento industrial de um inseto

Alguns dos itens utilizados pela indústria alimentícia, causam estranheza devido a sua origem, quase sempre desconhecida dos consumidores. É o caso do corante carmim, presente em iogurtes, sobremesas, balas, bebidas e até na bolacha Passatempo algumas pessoas ficam bastante chocadas quando descobrem que comem um pó feito de uma espécie de pulgão.

Trata-se de um corante natural, que confere cor vermelha ao alimento, e é extraído das fêmeas e dos ovos de cochonilha (Dactylopius coccus Costa). O inseto produz o ácido carmínico como uma forma de se defender de predadores.

A substância aparece nos rótulos como carmim, ácido carmínico, carmim de cochonilha ou como o número INS 120.

 

Chocolate contém pedaços de baratas e outros insetos

 

Evitar insetos na comida é quase impossível. Você provavelmente teria que parar de comer completamente! O chocolate, por exemplo, é um deles.

Segundo a legislação do ano 2000 do FDA (Food and Drugs Administration), órgão americano que faz o controle de alimentos e remédios, é permitido encontrar até 60 fragmentos de insetos, não apenas baratas, em 100 gramas de chocolate.

Já a legislação brasileira da ANVISA de 2014 permite apenas 10 fragmentos de insetos não indicativos de risco por 100 gramas de chocolate.

Para quem ficou com nojo e pensa em tirar o chocolate do cardápio, os insetos não são exclusividades deste doce. Amendoim, macarrão, frutas e queijos também estão sujeitos a mesma contaminação.

Para consumir alimentos sem vestígios de insetos, os produtores teriam que usar mais pesticidas, segundo os alergistas e pesquisadores os pesticidas são muito piores do que comer insetos. “Portanto, um pouco de insetos no seu alimento diário não é tão ruim assim, rs rs”, finaliza Andreia.

 

Instagram: @chefaentel

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