Com o EP “E$TÉTICA”, Bel4triz canta sobre ancestralidade e beleza

A fim de criar um trabalho atemporal, Bel4triz se utiliza da sua arte para falar sobre estética, e todas as suas vertentes.

A palavra estética deriva do termo grego aisthetiké, que significa “aquele que nota, que sente, que percebe”. Além de ser o ramo da filosofia que se dedica ao estudo do belo, da beleza sensível e de suas implicações na criação artística.

 

E é este ponto que a cantora e compositora soteropolitana, Bel4triz, quer alcançar com o seu primeiro EP, intitulado “E$TÉTICA”, disponível nas principais plataformas digitais na próxima quarta-feira (15). Com este lançamento a artista reforça também seu posicionamento enquanto mulher preta, mãe, nordestina e periférica e se utiliza da sua musicalidade para falar sobre a palavra que dá título ao projeto.

 

O novo trabalho conta com as parcerias musicais de JayA Luuck, Duquesa e 7Marys, que colaboram em duas das quatro faixas que compõem o EP, além da produção musical de Alef Donk, parceiro de longas datas da artista. Bel4triz olha para a sua ancestralidade, entendendo o presente e visualizando o futuro, apoiado nisso a artista segue desconstruindo e quebrando paradigmas. “É momento de questionarmos a percepção da sociedade sobre esse padrão estético, sobretudo, dos corpos pretos e nordestinos”, comentou.

 

A beleza imensurável das pessoas pretas no estado da Bahia é o foco principal deste projeto, que assim como em outros estados do eixo norte-nordeste, pessoas negras sofrem com a xenofobia em adição ao racismo. O trabalho é recheado de Trap mesclado com Pagodão e exalta a estética musical da terra onde a cantora nasceu. Junto ao lançamento do EP, a artista lança o videoclipe para a faixa de abertura “Abram Alas” no YouTube.

 

“Abram Alas” (Clipe Oficial): https://youtu.be/ybH8iaNY

 

“A intenção é trazer o nosso olhar, a nossa perspectiva estética, como almejamos enxergar os nossos a partir disso e os elementos que fazem parte desta cultura”

 

Para além disso, Bel4triz entendendo a sua responsabilidade quanto à representatividade deste trabalho, aproveita para falar também sobre outras vertentes estéticas, como a politização de pessoas pretas e como isso as auxiliam na criação de meios capazes amenizar as desigualdades sociais e impactos do racismo. O conceito de “black money” também é exposto de forma sutil nas letras das músicas, destacando a importância deste dinheiro circular entre a comunidade preta. A intenção da artista com essas questões é poder se colocar muito além do que apenas uma intérprete musical, mas como uma agente de transformação.

 

SOBRE A ARTISTA

 

Ana Beatriz, conhecida artisticamente como Bel4triz, é uma cantora, compositora, atriz e poeta, nascida e criada no bairro Engenho Velho de Brotas, Salvador/BA. Cursou teatro em 2018 no SESC Nazaré, apresentou algumas peças, como o espetáculo “Chame Gente” com texto e direção de Kadu Lima. Recitou poesias autorais em eventos, coletivos e escolas. O interesse pela música começou a despertar a partir dos 13 anos de idade, quando gravava vídeos “covers”, porém só em 2018 deu início a sua carreira profissional como cantora. No ano seguinte estreou com o single “Ax cabeça” e desde então vem mostrando sua versatilidade, misturando o trap com outros gêneros musicais.

 

Considerada como uma das apostas da cena do Hip Hop, a cantora já alcançou a marca de mais de 360 mil streamings no Spotify, com mais de 19 mil ouvintes totais espalhados por 36 países em apenas dois anos de carreira musical. No YouTube, a artista acumula mais de 153 mil acessos em seus vídeos publicados e possui mais de 20 mil inscritos.

 

Apesar de  Bel4triz ter o Trap como gênero musical mais marcante em suas músicas, a artista ainda pretende experimentar muito além disso, explorando gêneros como o R&B, o Pop, Funk, Pagotrap, Dancehall, entre outros.

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