A Questão de concurso para professores é anulada por ter conteúdo machista

O certame foi aplicado no domingo (13/10) para seleção de professores para prefeitura de Macaé, no Rio de Janeiro

 

Questões da prova concurso público para a prefeitura de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, para o cargo de professor foi anulada devido conteúdo machista. O certame aplicado no domingo (13/10) foi elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em uma das questões, o enunciado pedia ao candidato que selecionasse uma frase que não fizesse uma crítica ao comentário sobre “a mulher falar demais”. Entre as opções disponíveis, estavam expressões como: “A língua é a última coisa que morre numa mulher” e “Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores”.

Foram anuladas os itens 1 e 4 de língua portuguesa do Módulo I de Conhecimentos Básicos da Prova Tipo 3. Segundo o comunicado da FGV, publicado na página oficial do certame a questão foi anulada “por não estare alinhada aos princípios da Fundação”. A FGV também afirmou que a respectiva pontuação será atribuída a todos os candidatos, conforme previsto no edital.

Reações

A prefeitura Macaé repudiou o conteúdo ofensivo nas questões da prova elaborada pela FGV. Em nota, o Executivo afirmou que solicitou posicionamento oficial da banca organizadora. “A Prefeitura de Macaé repudia qualquer conteúdo ofensivo nas questões de provas em concurso público no município. Vale ressaltar que, cumprindo a lisura do processo e os critérios de confidencialidade, as questões de prova não são aprovadas previamente pela prefeitura, sendo restritas à banca Examinadora contratada, a FGV. A Prefeitura de Macaé já solicitou posicionamento oficial do órgão”, afirmou a prefeitura.

O deputado federal Reimont (PT), em uma postagem no Instagram, classificou como machista e misógino o conteúdo da pergunta. O parlamentar também enviou um ofício à Fundação Getúlio Vargas solicitando explicações. No documento, ele argumenta que a questão abordou “de forma pejorativa todas as mulheres”.

A vereadora de Macaé, Iza Vicente, escreveu no X (antigo Twitter): “e a banca do concurso de Macaé que achou boa a ideia de elaborar questões com conteúdo altamente machista?! Em nenhum contexto essas falas são aceitáveis”.

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