A amostra do asteroide será utilizada para estudar mais sobre o início do Universo. Bennu é classificado como um asteroide do tipo B
A Nasa, agência espacial norte-americana, divulgou, na sexta-feira (19/1), a primeira imagem da amostra do asteroide Bennu. O achado foi trazido para a Terra após missão realizada em setembro do ano passado. Os vestígios da rocha espacial serão utilizados para estudar mais sobre o incío do Universo. Segundo a Nasa, trata-se da maior amostra já recuperada desde as rochas lunares do programa Apollo, que terminou em 1972.
“Vocês estão vendo partículas de um corpo planetário a milhões de milhas da Terra e com mais de quatro bilhões de anos. Cada grão pode conter conhecimento que nos ajudará a desvendar os segredos de como o nosso sistema solar se formou. Do carbono a aminoácidos e até minerais argilosos, isto é apenas o começo para os nossos estudos sobre o asteroide Bennu”, informou a Nasa.
Veja:
Bennu é classificado como um asteroide do tipo B, o que significa que contém muito carbono junto com seus vários minerais. “Bennu é um asteroide carbonáceo que não sofreu mudanças drásticas e que alteram sua composição, o que significa que abaixo de sua superfície mais profunda estão produtos químicos e rochas do nascimento do sistema solar”, ressalta a a agência espacial.
A maior amostra de um asteroide já coletada por cientistas na história pousou no deserto do estado de Utah, nos Estados Unidos, no dia 24 de setembro de 2023. A aterrisagem ocorreu sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex, que foi a responsável por coletar a amostra.
A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos, entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C. Bennu possui 500 metros de diâmetro.
Cientistas levaram quatro meses para remover os últimos suportes que impediam o acesso à mostra histórica da rocha espacial. Ao longo desses meses, a Nasa se viu com um grande desafio nas mãos quando dois dos 35 fixadores não puderam ser removidos com as ferramentas convencionais. Os aparatos na cabeça do amostrador estavam impedindo que os técnicos da Nasa conseguissem abrir totalmente o recipiente sem alterar a pureza da amostra. Os pesquisadores conseguiram acessar os vestígios do asteroide no último dia 11.