A Inteligência artificial está facilitando a vida das pessoas no dia a dia

A nova tecnologia vem ajudando pessoas em tarefas do cotidiano e no trabalho. Vamos mostrar situações simples e a avaliação de especialistas no assunto sobre o potencial da IA

 

A inteligência artificial (IA) veio para facilitar a vida das pessoas, das empresas, dos setores público e privado. Embora ainda não haja certezas sobre até onde podemos chegar por meio da IA, incluindo aspectos éticos, aos poucos, ela começa a fazer parte do cotidiano de muita gente, de uma forma simples.

Joaquim de Souza, 22 anos, é um exemplo. O morador do Sudoeste usa a tecnologia para planejar seus treinos na academia. “Defino o tempo que dedicarei à tarefa, o que quero treinar e de que maneira, seja algo explosivo, físico ou de mobilidade. Recebo um treino personalizado que atende às minhas preferências”, explica.

A criação de um e-book de receitas com a IA sobre os diferentes tipos de moqueca brasileira foi a ideia de Flávia Góis, 50. A chef de cozinha de Sergipe está na gastronomia brasiliense há uma década. “A IA me ajudou a compilar textos explicativos e a criar imagens. No entanto, na montagem das receitas, embora seja útil para explicar o modo de preparo de forma clara e dinâmica, não substitui a sensibilidade humana para o paladar”, ressalta Flávia, que está elaborando o livro.

Ainda com uma utilização tímida, a nova tecnologia pode ser aplicada em todos os setores, e suas possibilidades são infinitas. É o que avalia o CEO da Tecto Tecnologia, Gabriel Borges Aguiar. “Hoje, estamos vendo que o setor jurídico é um dos que mais faz uso da IA, com criação de documentos, criação de contratos, verificação de termos, correções baseadas nas leis”, exemplifica, complementando que a população, de maneira geral, ainda não conhece todo o alcance da IA.

Emprego

Atuando há 16 anos como designer gráfico, Pedro Corrêa, 33, encontrou na inteligência artificial uma saída para criar imagens a serviço de uma clínica pediátrica. “Algumas imagens são sensíveis e exigem delicadeza, especialmente na área cirúrgica e ao representar crianças. A tecnologia me proporciona uma forma poética de apresentá-las e, em muitos casos, gera ideias e soluções que eu não teria pensado sozinho”, conta Pedro.

Para Frank Ned, professor de Ciência da Computação na Universidade de Brasília (UnB), a IA não é somente uma aliada, mas, também, uma potencial ameaça. “Pela primeira vez na história, há o risco real de profissionais qualificados perderem seus empregos para máquinas, especialmente em funções repetitivas”, alerta Frank. Ele destaca que a presença da IA já é uma realidade em escolas privadas e prevê sua implementação inevitável também nas escolas públicas para aprimorar o aprendizado.

De outro lado, Giovanni Bonin, CTO da Tecto, faz uma análise diferente. Bacharel em ciências da computação pela Universidade de Miami e mestre em IA pela Universidade de Michigan, ele vislumbra um cenário mais promissor para todos. “A inteligência artificial não vai substituir o piloto. A diferença é que ele vai pilotar um helicóptero em vez de uma bicicleta”, afirma. “A empresa pode focar em eliminar funcionários ou em atender mais clientes e melhor. Sendo uma empresa que tem foco no crescimento, em ajudar o progresso, ela vai aumentar o quadro de funcionários para utilizar a IA e expandir os negócios”, acrescenta

Serviços

Na área da saúde, a IA desempenha um importante papel. Durante a epidemia de dengue no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF), em colaboração com o Instituto Aplicado de Seleção e Pesquisa, desenvolveu uma ferramenta para auxiliar os moradores no combate ao mosquito Aedes aegypti. No site da SES-DF, por meio da personagem Manu, os usuários podem fazer perguntas e receber respostas instantâneas. Por exemplo: onde encontrar atendimento quando tiver sintomas de dengue, como denunciar locais com possíveis focos do mosquito e onde se vacinar.

A ferramenta possui perguntas pré-programadas e permite até o envio de fotos de locais suspeitos em casos de denúncia de focos da doença, direcionando os dados para a vigilância ambiental. Além disso, oferece downloads de jogos educativos e apresentações em 3D do Aedes aegypti.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) usa a IA para identificar se uma nova petição possui uma similar, entre outras funcionalidades.

Recentemente, foi criado um grupo de trabalho para implementar a inteligência artificial no DF, com um investimento de R$ 20 milhões para estudos e desenvolvimento de um laboratório de IA na região. O grupo conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Universidade do Distrito Federal (UnDF), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), Secretaria de Economia (Seec) e parlamentares.

O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, destaca que a incorporação da inteligência artificial nas políticas públicas representa uma transformação significativa na forma como o governo lida com desafios e toma decisões. “Com ela, podemos aprimorar a eficiência dos serviços prestados. Todos os órgãos públicos só têm a ganhar com essa inovação cada vez mais necessária e sem caminho de volta. Não é possível mais ignorá-la. Precisamos, sim, aprender sobre as ferramentas para dominar essa tecnologia”, enfatiza o gestor.

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.