Salário vem de sal. Essas e outras curiosidades sobre a história da economia mundial

 

 

Aprender economia é um processo que começa muito antes das questões financeiras

Entender de economia é um passo importante para saber cuidar da saúde das finanças. Este vasto universo também abriga uma série de curiosidades que ajudam a compreender a origem dos principais eventos econômicos mundiais, além, é claro, de proporcionar uma experiência muito mais divertida para quem está se aprofundando agora neste mar de conhecimento.

Origem da palavra “Salário”:

Citada logo no título do texto, a origem da palavra “salário” vem do latim “salarium”. Na época do Império Romano, este termo era muito utilizado para traduzir o que os soldados recebiam em troca dos seus serviços: uma porção de sal.

Mas por que sal?

Bem, naquela época, o sal era um item muito valioso e caro, pois era utilizado para três funções prioritárias:

  • Conservação dos alimentos, sobretudo as carnes;
  • Melhoria do sabor dos alimentos;
  • Na cicatrização de ferimentos e machucados, muito comuns aos soldados.

 

A evolução do salário

O recebimento de sal em troca de serviços prestados durou pouco tempo, até meados do século XIV. Foi a partir desta época que o pagamento monetário em troca da prestação de serviços passou a ser feito. Entenda um pouco melhor como o salário evoluiu:

Na idade média, os camponeses que viviam nas propriedades dos senhores feudais, recebiam roupas, alimentos e uma casa para morar, em troca dos serviços prestados. Contudo, em caso de sobras de alimentos e com a aprovação dos senhores feudais, era permitido vender esses produtos nas feiras das cidades.

Foi apenas com a expansão dos territórios dos países e as grandes expedições marítimas que a ideia de que todo trabalho deveria ser remunerado começou a ganhar força. Com a Revolução Industrial no século XVIII, o capitalismo passou a ganhar força ao redor do mundo e o conceito de salário passou a tomar a forma que conhecemos hoje.

Origem da palavra “Economia”:

O elemento “eco” vem do grego oikos e significa “casa, lar, domicílio, meio ambiente”. Em seu primórdio, a economia é a arte de bem administrar a casa. Porém, em termos de sociedade atual, a economia é a ciência que trata da produção, distribuição e do consumo de bens. Em outras palavras, é a administração do sistema produtivo de um país ou região, ou seja, da “casa” onde todos nós vivemos.

Mudança da economia ao longo dos anos

Ao longo da história, o que se observava por economia sofreu inúmeras mudanças. Desde a época dos impérios, passando pela idade média e evoluindo com as expansões territoriais, até a implementação dos sistemas econômicos como conhecemos hoje.

Assim como nos demais aspectos, a economia continua em constante mudança, mas, hoje, alguns temas específicos conseguem ditar esses novos rumos. Para o fundador do site Visual Capitalist e editor do livro “Visualizando a mudança: um retrato baseado em dados do nosso mundo”, Jeff Desjardins, a transformação tecnológica é a maneira mais óbvia de promover mudanças nos mercados, especialmente quando impulsionada por três pontos principais:

  • Indivíduos de destaque, como Steve Jobs, Warren Buffett ou Jeff Bezos;
  • Modelos inovadores em termos de tecnologia, como plataformas de streaming, de mobilidade urbana e armazenamento em nuvem;
  • Mudanças na mentalidade dos consumidores; e
  • Alterações no equilíbrio da influência econômica no mundo.

Na visão de Jeff Desjardins em seu livro, são 7 os aspectos principais que ditam os rumos da economia mundial na atualidade:

  1. As gigantes da tecnologia

Por muito tempo, a indústria focou na produção em larga escala ou na extração e processamento de recursos naturais. Depois foi o momento das corporações financeiras, de telecomunicações e vendas de produtos voltados ao varejo entrarem na lista das empresas mais valiosas do mundo.

Hoje, a economia destaca as companhias que unem tecnologia e o comércio e conseguem utilizar as informações como fonte de poder. De acordo com Desjardins, a mudança de paradigma tomou forma tão rapidamente que foi possível observar a mudança na lista de maiores ações negociadas na bolsa de valores.

 

  1. O destaque chinês

A economia chinesa, apesar de ganhar destaque já há algum tempo, se desenvolve a uma velocidade muito grande. Exatamente por isso que a produtividade econômica de algumas cidades da China é maior que a de países inteiros.

Em 2020, mesmo com o grande impacto causado pela COVID-19, o PIB do país cresce 2,8%, ultrapassando as projeções de especialistas da Agence France-Presse (AFP, agência de notícias francesa, considerada uma das mais prestigiadas no mundo).

 

  1. As megacidades

Algo que já é observado há algumas décadas promete continuar sendo uma tendência econômica: o crescimento populacional das cidades continuará a transformar a economia global.

As projeções sugerem uma estabilização das taxas de natalidade nos países ocidentais e na China, ao passo em que um boom demográfico e uma rápida urbanização em nações africanas e no restante da Ásia serão observados.

Esse, em outras palavras, é um fenômeno conhecido como a ascensão das megacidades. Estima-se que até o final do século, a África, por exemplo, terá pelo menos 13 megacidades maiores do que Nova York.

Isso ajudou em um processo de concessão de empréstimo: é o crédito com garantia de imóvel, que te garante uma quantia com base no seu imóvel e você vai pagando de maneira mais simples e fácil.

 

Aumento da dívida mundial

A estimativa é de que a dívida acumulada de todos os governos mundiais ultrapasse os US$ 240 trilhões. Deste montante, US$ 63 trilhões são apenas relativos aos empréstimos dos governos.

  1. Velocidade do avanço tecnológico

A tecnologia vem moldando os rumos da sociedade há muitos anos, desde a criação da eletricidade, do telefone, automóveis e aeronaves. Antigamente, o desenvolvimento de produtos que dependiam da tecnologia demorava anos (até mesmo décadas em alguns casos).

Contudo, hoje, pelo avanço tecnológico isso pode levar apenas alguns meses para o mercado adotar uma nova tecnologia, que pode tornar-se obsoleta em pouco tempo.

  1. Barreiras comerciais

A Segunda Guerra Mundial marcou os rumos econômicos que passaram a guiar os negócios. Foi a partir daí que as barreiras comerciais começaram a aparecer de maneira mais intensa.

Entretanto, nos últimos anos, alguns países intensificaram estas barreiras. Um grande exemplo são os EUA que, desde 2018, vêm impondo uma série de tarifas em produtos fabricados na China.

  1. Sustentabilidade e energia verde

Os sistemas econômicos utilizam muito os recursos naturais. Porém, hoje, o uso de energias renováveis vêm ganhando destaque, à medida que os custos de produção diminuíram e as tecnologias avançaram.

Projeções de mercado indicam que dentro de 20 anos, a energia proveniente do Sol e dos ventos irão responder por cerca de 50% da capacidade elétrica do mundo. Esses índices também fazem com que as estimativas de investimentos globais em energias limpas cheguem a US$ 10,2 trilhões no ano de 2040.

 

 

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