Presidente do STF afirma que pressões externas não influenciam a decisão dos ministros, que tem ”coro suficiente” para aguentar as críticas
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou, nesta segunda-feira (1°/7), que o Supremo não teme pressões externas em relação ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e disse que a questão da liberdade do petista “será decidida no caso concreto”. Ele se refere a ações que estão ou podem ser protocoladas no Supremo em relação aos processos contra o ex-presidente.
Questionado por jornalistas, durante um evento para divulgação de um balanço sobre os trabalho da Corte no primeiro semestre do ano, Toffoli afirmou que os integrantes da Corte não se deixam influenciar por atos alheias aos julgamentos. “A questão, se vai ser soltou ou não vai ser solto, não é uma questão que está colocada na pauta do STF. Será decidido no caso concreto”, disse. Ele completou, amenizando protestos relacionados a prisão de Lula e contra o Supremo. “Todos aqui tem coro suficiente para aguentar qualquer tipo de pressão”, declarou.
Diálogos
Toffoli declarou que não iria comentar as conversas reveladas pelo site The Intercept que envolvem o ministro da Justiça, Sérgio Moro e procuradores da Lava-Jato. O ministro afirmou que não leu todas as publicações, e que não sabe a extensão do caso. “Eu não vou comentar sobre essas questões, até por não saber qual é a real dimensão disso”, completou.
O presidente do Supremo também informou que as ações que questionam a constitucionalidade da prisão em segunda instância, que não estão na agenda do próximo semestre, podem ser pautadas. “Já temos a pauta definida, que é o que foi publicado”, disse. “É algo que ainda vamos analisar”, completou.
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