A locação de imóveis é uma prática indispensável em um país onde mais de um quinto da população reside em propriedades alugadas, segundo dados do último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pelo Jornal Nacional I G1.
Nesse contexto, as garantias locatícias desempenham um papel essencial ao oferecer segurança tanto para locadores quanto para inquilinos, ao mesmo tempo em que refletem mudanças nas preferências e demandas do mercado.
De acordo com Luana Ximenes, Diretora Operacional da ConfiaX Seguros, a Lei do Inquilinato (Nº 8.245/1991) estabelece quatro modalidades principais de garantia locatícia: fiador, seguro fiança, depósito caução e cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. A norma também determina quais garantias podem ser exigidas pelo locador e impede que mais de uma seja cobrada simultaneamente.
“Uma das principais características do seguro fiança em comparação às demais garantias, mas principalmente em relação ao fiador, é a praticidade e agilidade no processo de locação que ele pode oferecer”, explica Luana. “Enquanto encontrar um fiador disponível e com perfil adequado pode ser um desafio, especialmente nas grandes cidades, o seguro fiança elimina essa etapa, permitindo que o inquilino conclua o contrato de forma rápida e sem depender de terceiros. Além disso, o proprietário tem a tranquilidade de contar com cobertura completa em casos de inadimplência, o que garante mais segurança e elimina o risco de prejuízos”, acrescenta.
Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostra crescimento de 195% na arrecadação da modalidade entre 2020 e 2024, saltando de R$ 44 milhões para R$ 130 milhões. “O seguro fiança tem se tornado uma alternativa cada vez mais utilizada, especialmente em grandes centros urbanos”, afirma a diretora da ConfiaX.
Segundo a especialista, o seguro fiança já não é mais um produto caro como no passado, representando um pequeno percentual sobre o valor do aluguel. “O custo-benefício é competitivo, considerando a agilidade, comodidade e tranquilidade que ele proporciona”.
Novas tecnologias podem transformar o setor
Alguns modelos de negócio, como as insurtechs e fintechs, estão revolucionando o mercado de garantias locatícias com soluções mais flexíveis e acessíveis. Segundo a especialista, novas modalidades incluem o aluguel sem fiador e com análise de crédito automatizada, que permite a locação com base no histórico financeiro do inquilino, e os títulos de capitalização, onde o inquilino faz um depósito e pode resgatar o valor ao final do contrato. “Essa pode ser uma garantia locatícia interessante também”, afirma.
Sobre o título de capitalização, Luana explica que é uma alternativa que vem ganhando espaço como garantia locatícia. “Nessa modalidade, o locatário adquire um título no valor acordado, geralmente equivalente a alguns meses de aluguel, e o mantém vinculado ao contrato de locação. Ao final do período, caso não haja pendências, o valor é devolvido. Além de cumprir o papel de garantia para o locador, o título ainda oferece ao inquilino a possibilidade de participar de sorteios mensais, o que pode tornar a opção atrativa”.
Para Felipe Gomes, Diretor Comercial da ConfiaX Seguros, essas novas opções estão tornando o aluguel mais democrático e menos burocrático, beneficiando especialmente aqueles que não possuem um fiador ou que desejam um processo de locação simples e seguro.
“Embora a regulação do Banco Central e da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) possa impactar diretamente as seguradoras e fintechs que oferecem esses produtos, garantindo a segurança tanto para inquilinos quanto para proprietários, uma legislação mais flexível e adaptada às novas tecnologias pode incentivar ainda mais a digitalização e a modernização do setor”, finaliza.
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