Fosfato bicálcico impulsiona produção de carne no Brasil

Fosfato bicálcico impulsiona produção de carne no Brasil
Fosfato bicálcico impulsiona produção de carne no Brasil

Na engrenagem complexa da cadeia agroindustrial da carne, que se estende desde o campo até a mesa do consumidor, o fosfato bicálcico tem conquistado protagonismo como insumo estratégico para a pecuária brasileira. Fundamental na formulação das rações animais, esse composto químico à base de cálcio e fósforo contribui diretamente para a saúde, o bem-estar e o desempenho produtivo dos rebanhos, refletindo em ganhos zootécnicos, sanitários e econômicos.

Para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), produzir carne de forma eficiente exige mais do que genética ou manejo adequado. A base da produtividade está na alimentação. Rações enriquecidas com fosfato bicálcico proporcionam aos animais os nutrientes essenciais para o crescimento ósseo e muscular, além de fortalecer o sistema imunológico. Com isso, os animais atingem mais rapidamente o peso ideal para o abate, apresentando uma carne de melhor qualidade, com características que atendem tanto o mercado interno quanto as exigências internacionais.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o abate de bovinos registrou alta de 15,2% em 2024 e chegou a 39,27 milhões de cabeças abatidas. Esse é o maior resultado obtido na série histórica da pesquisa. Esse desempenho é, em parte, resultado direto da evolução dos sistemas de alimentação animal. A modernização das rações, com maior aporte de macro e micronutrientes, tem se mostrado decisiva para o avanço da produtividade na pecuária de corte.

Além da melhoria no desempenho zootécnico, a qualidade da carne produzida no Brasil é fator determinante para sua competitividade global. Segundo dados divulgados pelo site Notícias Agrícolas, as exportações de carne bovina pelo Brasil chegaram a 219 mil toneladas no mês de fevereiro deste ano, com faturamento de US$ 1,04 bilhão. No histórico das exportações brasileiras, esse foi o melhor resultado já registrado para o mês de fevereiro. Os principais destinos foram China, Estados Unidos e México.

Na avaliação da FarmNews, as projeções para o mercado de carne bovina seguem positivas em 2025, sustentadas pela demanda internacional aquecida e pela expectativa de preços firmes no mercado interno, especialmente durante a entressafra. Esse cenário, no entanto, depende da manutenção de altos padrões na produção, o que inclui uma nutrição animal eficiente e sustentável.

No início dessa cadeia produtiva, está a indústria química, responsável pelo fornecimento de insumos como o fosfato bicálcico, utilizado na fabricação de rações. Anderson Lopes, diretor-presidente da Katrium Indústrias Químicas — fornecedora de insumos para a cadeia produtiva do agronegócio e de produtos para o tratamento de água — destaca que a empresa tem ampliado sua atuação na cadeia agropecuária. “O fosfato bicálcico é uma das fontes mais importantes de cálcio e fósforo, minerais vitais para o crescimento saudável dos animais. É essencial para o desenvolvimento estrutural, sendo determinante para a qualidade final da carne. Investir em nutrição adequada não é apenas uma questão de bem-estar animal, mas uma decisão estratégica de negócios”, afirma.

Lopes afirma que o sucesso da agroindústria da carne está intrinsecamente ligado à eficiência de cada elo da cadeia. “Quando a indústria de rações prospera, há maior demanda por matérias-primas de qualidade, como o fosfato bicálcico. Isso impulsiona a produção na indústria química, gera empregos, estimula inovação e movimenta a economia como um todo. É uma cadeia de valor integrada, onde todos os setores ganham”, explica.

Outro aspecto relevante do uso de rações de qualidade está ligado à sustentabilidade da pecuária. Com dietas mais eficientes, os animais atingem precocemente o peso de abate, reduzindo o tempo de permanência nos sistemas de produção e, por consequência, o impacto ambiental da atividade. Segundo a Embrapa, cada 10% de melhora na conversão alimentar pode reduzir em até 6% as emissões de metano entérico por animal, tornando a nutrição de precisão uma ferramenta estratégica para mitigar impactos ambientais. Essa eficiência é essencial para que o Brasil possa manter sua posição de liderança na produção global de proteína animal, com responsabilidade ambiental e social.

Além disso, a crescente exigência dos consumidores por alimentos seguros, rastreáveis e produzidos de forma ética tem pressionado a indústria a investir em melhorias contínuas. O uso de insumos seguros e eficazes, como o fosfato bicálcico, contribui para atender esse novo perfil de consumo, que valoriza a procedência e a qualidade dos produtos de origem animal. A segurança alimentar, nesse contexto, começa com a alimentação dos animais.

“O fosfato bicálcico não é apenas mais um ingrediente das rações. É um componente estratégico que garante não apenas a produtividade e a qualidade da carne, mas também a reputação do produto brasileiro nos mercados mais exigentes do mundo”, afirma o executivo da Katrium. “Estamos falando de um insumo que conecta inovação, bem-estar animal, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.”

O Brasil, reconhecido por sua robusta indústria agropecuária, encara o desafio constante de produzir mais, melhor e com menor impacto. Nesse processo, a escolha dos insumos certos faz toda a diferença. E é justamente nesse ponto que, segundo Lopes, o fosfato bicálcico se consolida como aliado fundamental da pecuária moderna, desempenhando um papel cada vez mais relevante na construção de uma agroindústria de carne competitiva, sustentável e globalmente respeitada.

 

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