“Pequenas Coisas Como Estas: A Poética do Cotidiano em um Filme de Cillian Murphy”

Crítica por: Laryssa Vitória

Na monótona cidade de New Ross, na Irlanda, durante o Natal de 1985, um vendedor de carvão vive com escassos recursos. Sua rotina é tão desprovida de emoção quanto o lugar onde reside, marcada por entregas que começam logo nas primeiras horas do dia.”Pequenas Coisas Como Estas”, dirigido por Tim Mielants, conhecido por “Caminhos da Sobrevivência”, fez sua estreia no 74º Festival Internacional de Berlim e agora está em cartaz na 48ª Mostra de Cinema de São Paulo.

O filme se desenrola pelos olhos de Cillian Murphy, que interpreta Bill Furlong, o protagonista preso em uma rotina cinza e engessada. A atuação de Murphy se destaca como um dos maiores trunfos da produção. A profundidade emocional de seu personagem é transmitida principalmente através de gestos sutis, olhares e pequenas crises, muitas vezes sem a necessidade de diálogos.

A carga sentimental que ele carrega se revela nas nuances de suas ações, capturando a essência da vida cotidiana em um ambiente opressivo e sonolento. Com uma paleta de cores azuladas que reflete a melancolia da história, “Pequenas Coisas Como Estas” oferece uma exploração sensível das pequenas coisas que compõem a vida.

É um filme que, mesmo em sua lentidão, convida o espectador a refletir sobre os detalhes que muitas vezes passam despercebidos em meio à rotina.

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