As livrarias fecharam, mas editoras faturam mais de 158% nos últimos anos

Enquanto as livrarias enfrentam crises financeiras, o setor de livros digitais tem crescido nos últimos anos, com um aumento considerável nos lucros

 

Foto: Reprodução/Freepik

O comércio de livros revela uma tendência clara: as versões digitais estão ganhando força no mercado. Além da queda nas vendas de exemplares nos últimos anos, diversas livrarias vêm sendo fechadas devido à crise no setor.

Por outro lado, o faturamento com e-books está crescendo, indicando que esse movimento veio para ficar. De acordo com a pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, os lucros com livros digitais aumentaram 158% nos últimos cinco anos.

Tanto para escritores quanto para leitores, os e-books oferecem a vantagem de serem mais acessíveis, incluindo a possibilidade de ler de qualquer lugar e a redução nos custos. No futuro, as versões digitais tendem a dominar o mercado, e vale compreender os motivos por trás dessa tendência.

O fechamento das livrarias nos últimos anos

Desde a pandemia, as livrarias têm enfrentado uma crise que, na época, afetava todos os principais setores da economia. No entanto, a venda de livros físicos continuou em declínio mesmo após o fim das restrições, o que levou ao fechamento de estabelecimentos, inclusive de grandes editoras no Brasil.

A queda no movimento das livrarias ocorre por diversos fatores, como o aumento da inflação sobre os livros e os preços elevados. Com grande parte da população enfrentando dificuldades financeiras, isso torna mais difícil a aquisição de versões físicas.

Além disso, os e-books vêm ganhando mais espaço na rotina dos leitores, com um formato mais prático e acessível. Apesar de uma resistência inicial, suas vantagens estão sendo cada vez mais reconhecidas pelo público.

De forma geral, o e-commerce também se consolida como uma alternativa tanto para versões físicas quanto digitais. A tendência atual mostra que as livrarias devem perder ainda mais espaço nos próximos anos.

Os efeitos da pandemia no setor

A venda de e-books começou a ganhar força durante a pandemia, pela facilidade de acesso à leitura durante o isolamento social. A crise financeira, que afetou o orçamento de muitos brasileiros, também tornou os modelos digitais mais atraentes.

Esse movimento manteve o mercado de leitura em alta na época, enquanto as livrarias físicas permaneceram fechadas por vários meses. No entanto, mesmo após o fim das restrições, os e-books ganharam mais espaço, devido à sua acessibilidade em comparação com o formato tradicional.

Além do impacto da pandemia, a inflação sobre os livros físicos também elevou os preços. Está cada vez mais caro adquirir um modelo impresso, e até os leitores que preferem essa versão têm começado a olhar para a digitalização de forma diferente.

A digitalização das editoras

O e-book se tornou uma opção tanto para o lançamento de versões digitais quanto para a adaptação de livros físicos, incluindo obras clássicas. Essa flexibilidade permite que as editoras apostam nas duas versões para conquistar mais pessoas.

Com um formato mais versátil, os livros digitais podem ser disponibilizados no e-commerce de maneira prática e acessível em diferentes dispositivos. Isso levou ao surgimento do Kindle, um aparelho projetado exclusivamente para a leitura de livros digitais.

Enquanto as livrarias físicas perdem espaço, as empresas do setor conseguem manter suas finanças por meio do sucesso de lojas virtuais, sejam próprias ou em plataformas como a Amazon.

Com avanços tecnológicos que tornam essa prática ainda mais viável, os e-books têm chamado a atenção das editoras. Além disso, os próprios autores evitam os altos custos de publicação ao optar por um formato mais eficiente e econômico.

Aumento de leitores digitais no Brasil

Segundo um levantamento da Mobile Time e da Opinion Box, quase metade dos brasileiros que possuem um celular já leu um livro por meio do dispositivo. No Brasil e no mundo, o número de leitores digitais tem aumentado devido à popularidade desse formato.

No dia a dia, as versões digitais oferecem uma maneira mais acessível de ler, tanto em termos de preço quanto em relação à praticidade. Afinal, seja no transporte público ou durante uma refeição, é mais fácil fazer isso pelo celular do que carregar um modelo físico na mochila.

De modo geral, o interesse pela leitura sempre fez parte da rotina dos brasileiros. Para manter esse hábito, tornou-se necessária uma adaptação às inovações digitais para que o hobby continue dentro do orçamento.

Como criar seu próprio e-book

Criar um e-book é um processo mais prático e econômico do que escrever um livro físico. Os passos iniciais são os mesmos, incluindo a definição de um tema, a escolha da identidade visual, a redação do conteúdo e a seleção de imagens.

As etapas podem variar dependendo do que se deseja apresentar. Para auxiliar na criação e no lançamento, plataformas digitais podem ser utilizadas para tornar esse processo mais ágil.

Atualmente, alguns sites utilizam inteligência artificial para personalizar todos os detalhes de forma eficiente, de acordo com as preferências do autor. Desde alterações no texto até a geração de imagens, essas ferramentas têm facilitado ainda mais a elaboração de e-books.

Vantagens e benefícios da digitalização de livros

A acessibilidade é uma das principais vantagens de optar por um e-book. O formato digital permite que ele seja lido de qualquer lugar do mundo, em diversos dispositivos. Além disso, facilita a criação de audiolivros, o que beneficia pessoas com deficiências visuais.

Em aparelhos eletrônicos, o leitor não precisa se preocupar com o peso de carregar um livro e pode encontrá-lo rapidamente. Ademais, novos recursos estão surgindo para otimizar essa experiência.

Em termos de produção, os e-books reduzem os custos de lançamento, sendo uma alternativa mais econômica para os autores. O modelo também contribui com o meio ambiente, reduzindo o consumo de papel necessário para as edições impressas.

A digitalização continua em alta no setor editorial. Nos próximos anos, esse formato deve ganhar ainda mais relevância, enquanto as livrarias físicas seguem perdendo espaço.

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