Após recomendações, governo federal afirmou que avaliaria retomada a longo prazo
Embora sem risco de crise energética neste ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) estuda possibilidade de voltar a adotar o horário de verão. Recomendada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e defendida pelo então presidente em exercício Geraldo Alckmin, a avaliação deve seguir sem pressa, como afirma o ministro Alexandre Silveira.
No último dia 19, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ONS recomendou ao MME a adoção do adiantamento dos relógios em uma hora, prática suspensa no Brasil desde 2019.
O motivo seria a elevação de previsão para carga nacional de energia em setembro, se comparado ao ano anterior, combinada com um menor nível dos principais reservatórios de hidrelétricas, devido a longo período de estiagem em diversas áreas do país.
Segundo nota do ONS, se adotado agora, o horário de verão contribuiria para maior eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante a noite, especialmente entre 18h e 20h. Nesse período, além da saída de geração solar centralizada, há aumento de demanda por energia. A mudança traria uma redução de até 2,9% da demanda máxima, o que geraria economia de aproximadamente R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.