A AGU viu indícios de crime da plataforma X por quebra de sigilo judicial

Vazamento de e-mails de funcionários do ex-Twitter expôs informações do inquérito dos atos antidemocráticos protegidas por sigilo imposto pelo STF. MPF vai avaliar se propõe ações penais contra a rede social do bilionário Elon Musk

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) vê indícios de crime praticado pela plataforma X (ex-Twitter), que divulgou informações protegidas por sigilo judicial do inquérito que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2022. Segundo notícia de fato encaminhada nesta terça-feira (23/4) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a divulgação do chamado Twitter Files — arquivos de e-mails em que funcionários da plataforma trocam informações sobre o inquérito e criticam a exclusão de postagens com fake news e discursos de ódio — pode caracterizar “crime contra o Estado Democrático de Direito e contra as instituições”, segundo a AGU.

O vazamento “comprometeu as investigações em curso no STF e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as condutas antidemocráticas ocorridas no Brasil que culminaram nos atos contra as sedes dos poderes da República em 8 de janeiro de 2023”, informou a AGU, em nota.

O órgão pede ao relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, que encaminhe as informações ao Ministério Público Federal (MPF), “que tem competência constitucional para propor ações penais contra autores de delitos, avalie se houve, de fato, a existência de crime com a identificação das respectivas autorias”. Os arquivos protegidos por sigilo judicial foram vazados pelo jornalista estadunidense Michael Shellenberger em sua conta no X. Ele também acusou o ministro relator de adotar, na condução do inquérito, medidas autoritárias e antidemocráticas. Os e-mails foram divulgados no início deste mês.

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.