Nova técnica permite diagnosticar Alzheimer com mais precisã

Nova técnica permite diagnosticar Alzheimer com mais precisã
Nova técnica permite diagnosticar Alzheimer com mais precisã

Um estudo publicado na revista científica Nature trouxe para discussão na comunidade médica uma nova técnica que permite diagnosticar o Alzheimer com apenas um exame de ressonância magnética. Para colocar a teoria em prática, os cientistas responsáveis, do Departamento de Cirurgia e Câncer do Imperial College de Londres no Reino Unido, usaram uma máquina comum, que também é operada na detecção de inúmeras outras doenças. Porém, nessa pesquisa, o aparelho foi adaptado com um novo algoritmo, com a finalidade de mapear o cérebro humano.

Durante o exame, são testadas mais de 115 regiões cerebrais e 660 características para cada uma delas. A técnica conhecida como machine learning rastreia áreas do cérebro, buscando características específicas que podem identificar alterações individuais ocasionadas pelo Alzheimer.

Foram avaliados mais de 400 pacientes com a doença em estágio inicial e final, além de pessoas com outras condições neurológicas, como Parkinson e demência frontotemporal. O resultado foi satisfatório, mostrando que é possível prever o Alzheimer com precisão. Em 98% dos casos a tecnologia pode identificar a doença, ainda distinguindo o estágio em 79% das vezes. O estudo abriu novas hipóteses e discussões sobre a doença, potencializando o desenvolvimento de outros trabalhos sobre o assunto.

“O diagnóstico do Alzheimer acontece obrigatoriamente após a realização de exames de imagem. Embora muitas vezes sejam aplicados testes cognitivos e de memória, a suspeita clínica não é suficiente. Exames como a ressonância magnética ou a cintilografia de perfusão cerebral são recursos fundamentais nestes casos. Os resultados dessa pesquisa confirmam que a tecnologia e a inteligência artificial são ferramentas de extrema importância para a obtenção de diagnósticos precoces e cada vez mais precisos”, afirma o médico radiologista e CEO da One Laudos, Dr. Augusto Romão.

De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), o número de pessoas acometidas pela doença no País ultrapassa a casa de 1,2 milhão. Esta é considerada a demência mais comum existente no mundo, afetando principalmente pacientes a partir de 65 anos. “Até o momento, não existe cura ou uma forma de frear o desenvolvimento do Alzheimer, mas o diagnóstico rápido e preciso nos estágios iniciais, garante que o paciente tenha mais qualidade de vida com a evolução da doença”, explica o CEO da One Laudos.

Como é a ressonância magnética para diagnóstico do Alzheimer?

A ressonância magnética é uma máquina que funciona por meio de ondas de rádio produzindo imagens tridimensionais, em altíssima qualidade, dos órgãos e de regiões específicas analisadas no corpo humano. Para o diagnóstico do Alzheimer, o paciente é posicionado com a cabeça no interior do aparelho por alguns minutos para captar imagens que mostram alterações tanto no volume do cérebro, quanto na perda de tecidos. “Esta análise garante também a exclusão de outras doenças neurológicas, como AVC, tumores ou outros tipos de demência”, conclui o Dr. Augusto Romão.

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