Policiais da
6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) prenderam em flagrante o homem de 44 anos. Identificado como E.G.S, o agressor privou a própria filha de condições básicas de higiene e cuidado. A menina sofreu várias lesões aparentes em diversas partes do corpo. Ele ainda enforcou a vítima com uma mangueira e lhe desferiu vários golpes utilizando um bambu. A intenção, segundo a delegacia de polícia responsável, era de matar a criança.
Segundo informações que constam no boletim de ocorrência, a atual coordenadora da escola onde a menina estuda, foi professora dela e contou que outras crianças evitavam a garotinha por sempre estar suja e com piolhos.
A atual gestora também relatou que há dois anos, o pai foi denunciado por violência sexual no Conselho Tutelar da região administrativa, e que a criança apresentava um perfil retraído com o psicológico claramente afetado provavelmente pela forma como é criada.
Após testemunhar o estado da criança nessa segunda, a professora se dispôs a assumir a guarda da menina até que a Justiça determine com quem ela ficará. O Conselho Tutelar assumiu a guarda provisória da garotinha.
O caso
A equipe de policiais encontrou a vítima no local em “situação deplorável”: com infestação de piolhos nos cabelos e corpo, roupa rasgada, com fome, sem banho e lesionada com um grande hematoma no rosto. Ela também estava faminta e com sede. E.G.S afirmou que agrediu a criança pois ela “não ajudava em casa” e tinha o intuito de educá-la.
O outro filho do homem, de 11 anos, também sofre maus-tratos e violência por parte do genitor. E.S.G mora com dois dos seus quatro filhos e aplica castigos constantes.
Eram recorrentes as agressões do homem aos filhos. Segundo testemunhas, ele chegou a jogar um pedaço de madeira no filho, deslocando o dedo do menino. À polícia, o criminoso disse irritar-se com a falta de obediência das crianças. Afirmou também saber que sua filha se encontra desnutrida e maltratada, mas que a culpa é dela mesma por não lhe obedecer.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), as investigações continuarão com o intuito de apurar a proporção dos abusos e maus-tratos causados às vítimas.