PORQUE A DESTRUIÇÃO DA CALÇADA DE PEDRAS À PORTUGUESA EM BRAZLÂNDIA REPRESENTA UM DANO AO PATRIMÔNIO DE BRASÍLIA

 

As calçadas de pedras à portuguesa são uma característica de países lusófonos. Embora surgidas no pais lusitano, elas são um símbolo em diversas cidades como, por exemplo, o Rio de Janeiro, que mantém uma equipe de calceteiros para cuidar dos seus mais de 1.200 milhões de metros de pavimentação em pedras à portuguesa.

Em Brasília, a construção em ritmo acelerado atrapalhou a construção de calçadas decoradas, elas foram então construidas com areia, cimento e brita. As pedras portuguesas que vieram para capital foram utilizadas no calçamento da Praça dos 3 Poderes e ao redor do Palácio da Alvorada e do Palácio do Planalto , porém, sem qualquer ornamentação.

Em 1972, a Novacap contratou o arquiteto Fabricio Pedrosa que elaborou o projeto de mosaico com pedras portuguesas na Avenida W3 sul. Ao longo do tempo, por falta de manutenção essas calçadas foram sebdo deterioradas estragando a ornamentação.

Na década de 1990, o artista plástico Galeno, nascido no Piauí, e radicado na região administrativa de Brazlândia presenteou a cidade com uma calçada ornamentada ao redor da Lagoa Veredinha, um local bucólico e importante daquela região do DF que é histórica. O desenho virou simbolo da cidade.

Portanto, tal calçada por ser rara no Distrito Federal , em especial fora do Plano Piloto tem grande importância como patrimônio cultural, mesmo que a obra de Francisco Galeno – que é um artista de grande destaque e talento rrconhecido dentro e fora do Brasil- não tendo sido ainda tombada individualmente.

A destruição dessa calçada por um gestor publico demonstra uma completa ignorância dos bens culturais não apenas da cidade que o mesmo administra, mas, tambem do Distrito Federal.

Tal fato deveria ser motivo de demissão sumária do Coronel de Reserva da Polícia Militar , Jesiel Costa Rosa, indicado do Dep. Iolando para administrador de Brazlândia pelo dano cultural causado à cidade.

Cabe também a reflexão sobre o dano que um gestor pode fazer por não ter um mínimo de conhecimento sobre as cidades administradas, como pré-requisito para assumir cargos nas administrações regionais. É isso que dá tornar as Administrações em cabides de emprego de indicações políticas de deputados distritais e não por concurso.

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