O que vale realmente a pena ter na vida?

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De uns tempos para cá ficou muito em voga o assunto do minimalismo, de se viver mais com menos, e também do essencialismo, que seria focar no que realmente importa. Nessa época de pandemia, muita gente também aproveitou para organizar as coisas, o armário, a vida como um todo. Se você se aventurou nos seus pertences deve ter chegado à conclusão de que tem bem mais do que precisa para viver.

Eu sempre achei que tinha pouquíssimas coisas, e menos roupas ainda; entretanto quando coloquei tudo abaixo – e do jeito certo (isso faz diferença) – foi que tomei um susto. Daí em diante começou um processo de transformação pessoal, que é muito diferente do desapego que eu já praticava.O que eu quero te perguntar é: o que aconteceria se hoje mesmo você fosse chamado a prestar contas da sua vida? Ainda que você não creia em Deus, se tivesse que prestar esta conta, o que você teria acumulado durante sua existência?

Bom, eu vou falar da perspectiva de Deus, porque é a que molda a minha, mas mantenha sua mente aberta.

Os grandes valores que Ele quer que você acumule são os da alma, os do coração. A grande riqueza que deve ser acumulada é a da virtude, da generosidade, da bondade, da doação, do repartir até o que não se tem, da prática do amor, de tudo o que te leva a se preocupar com as outras pessoas também.  É por isso que quem só sabe acumular bens materiais não é rico diante de Deus.

É importante se cuidar e cuidar dos seus pertences para viver neste mundo, mas uma coisa não anula a outra. Cuidar do outro não tira o lugar de cuidar de si. Você não está no mundo sozinho e ninguém está aqui para ser seu serviçal, mesmo o contratado. Porém nós todos estamos aqui para servirmos uns aos outros, e esse é o grande “sentido da vida”. Então qual seria o sentido de guardar e guardar e guardar até juntar traça? Ou de um jeito que nunca seja suficiente, porque ter é mais importante até do que ter o que fazer com tudo o que se acumulou? “Ter” deve te ajudar a “ser”, não ser sinônimo de quem você é.

Dizem os especialistas que esta pandemia apenas adiantou um movimento que já estava por aí, de o “nós” ser mais importante do que o “eu”. Honestamente continuo vendo isso onde sempre vi, nas pessoas que sempre vi. Vejo ações pontuais de quem está impossibilitado de fazer outras coisas; e vejo também quem não consegue sustentar a máscara por muito tempo e acabe dando um “f” para a vida e para todos. Mas e quando tudo isso passar? Será que seremos realmente diferentes?

E você, quando tudo isso passar? O que você vai dizer que ajuntou na sua vida?

Chris Sevla
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