Exército diz que distribuiu quase 3 milhões de cápsulas de cloroquina

Informação consta em documento, assinado pelo chefe de gabinete do comandante da corporação, enviado à CPI da Covid

 

Em documento enviado à CPI da Covid, o Exército Brasileiro afirma que, entre 2020 e 2021, produziu e distribuiu 2.931.820 comprimidos de cloroquina 150 mg, medicamento comprovadamente sem eficácia contra a covid-19, aos estados e hospitais militares.

“Em 2020 e 2021, foram distribuídos 477.610 comprimidos de cloroquina 150 mg para os hospitais militares e 2.454.210 comprimidos de cloroquina 150 mg para as secretarias estaduais e municipais de Saúde”, afirma.

O documento é assinado pelo general Francisco Humberto Montenegro Júnior, chefe de gabinete do Comandante do Exército Brasileiro.

A produção do medicamento ocorreu graças à compra de 900 kg de difosfato de cloroquina em 2020. As informações constam no ofício, que é uma resposta ao requerimento, feito pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). No pedido, o parlamentar questiona a origem dos pedidos de produção de cloroquina.

“O atendimento a essas demandas, de regra, é proveniente do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, pertencente à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovamção e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde, cabendo ao laboratório manifestar-se no sentido da possibilidade ou não de atendimento à demanda de produção”, diz.

“Nesse sentido, à época do início da pandemia, houve o atendimento da demanda existente para a produção da cloroquina 150 mg, em apoio ao Ministério da Saúde, formalizada por intermédio da nota informativa nº5, do Ministério da Saúde, a qual orientou o uso da cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de formas graves da covid-19, bem como determinou a distribuição imediata do fármaco especificando, inclusive, o fator de embalagem, idêntica ao registro do medicamento do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército junto à Anvisa”, acrescenta.

No último dia 17, a comissão do Ministério da Saúde responsável por assessorar a pasta no processo de incorporação e exclusão de medicamentos no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) contraindicou o uso da cloroquina, da hidroxicloroquina e da azitromicina no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19.

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