Voluntários oferecem apoio gratuito a professores na pandemia

Projeto ‘Apoio Emocional’ oferece atendimento psicológico a educadores de escolas públicas de todo o Brasil

 

Lia Gonsales é psicóloga clínica e diante das incertezas trazidas pela pandemia de covid-19 decidiu usar seu talento para ajudar outras pessoas. Ela é uma das voluntárias do projeto Apoio Emocional do Quero na Escola e Fundação SM.

O projeto faz a ponte entre os profissionais de saúde mental oferecem atendimento gratuito a educadores de escolas públicas em todo Brasil. A primeira edição, em 2020, atendeu 2 mil professores. Nesta segunda edição o foco será nos traumas causados pelo prolongamento da pandemia e em como lidar com os próprios lutos e os dos estudantes.

“O objetivo do Quero na Escola é dar voz aos estudantes, mas uma vez por ano ampliamos nossa atuação e atendemos os pedidos dos professores”, explica Cinthia Rodrigues uma das fundadoras do Quero na Escola. “Um dos pontos levantados pelos educadores, além da falta de valorização, é a questão emocional.”

Para auxiliar os professores da rede pública, voluntários da área da saúde mental, como psicólogos, se voluntariam para fazer atendimentos individuais e coletivos. Em 2020, foram 2002 professores atendidos sendo 1740 em 85 encontros formativos coletivos e  262 em atendimento individual, semanal.

“Vivemos uma situação atípica neste momento, os professores sentem a angústia de não estar em sala de aula, de não acompanhar o desenvolvimento dos alunos, nem saber quais são as dificudlades de cada um”, explica Lia. “Existe uma ideia errada de que o professor quer ficar em casa para não trabalhar, ao contrário, eles estão trabalhando três vezes mais, muitos usam os próprios celulares e computadores e levam pessoalmente atividades até a casa dos alunos.”

Lia também destaca que a situação de vulnerabilidade de muitos estudantes também é um aspecto que tem preocupado os educadores. “Quando se está presente é possível ver se a criança tem alguma necessidade específica, se está precisando de uma blusa por exemplo, à distância já é mais difícil.”

Após um ano de pandemia, os professores também precisam lidar com o luto. “Estamos lidando com as perdas e com a insegurança, creio que toda a sociedade precisa ter empatia e não julgar os professores, que estão sendo muito massacrados neste momento, sofrendo diversas pressões, além de administrar questões próprias.”

Os interessados em receber ajuda ou atuar como voluntário no projeto devem se cadastrar pelo linlk: queronaescola.com.br/apoioemocional

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