Pesquisa do Unicef revela que 46% dos jovens não confiam nas vacinas

Mesmo sem confiar, 79% dos 1,4 mil entrevistados disseram que tomariam imunizante se estivesse disponível na idade deles

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou nesta quinta-feira (8), uma pesquisa feita com 1,4 mil adolescente e jovens brasileiro, entre 15 e 24 anos, que mostrou que 46% deles não confiam totalmente nas vacinas contra a covid-19.

A enquete foi feita on-line por meio de uma plataforma chamada U-Report. O objetivo da Unicef era verificar a percepção desse público sobre a covid e como eles se informam sobre o tema. A preocupação está ligada ao fato desse público influenciar as comunidades para a prevenção e divulgação de informações da pandemia.

54% dos entrevistados disseram que confiavam muito nas vacinas, 28%, “mais ou menos”; 9%, “um pouco”; e 9%, “nem um pouco”.

Por outro lado, 79% dos pesquisados afirmaram que tomariam a vacina caso estivesse disponível na faixa etária deles, ficaram indecisos 14% e afirmaram que não pretende se imunizar 7%.

Entre os que estão em dúvida ou não pretendem se vacinar, 34% acreditam que os imunizantes não são seguras, 30% dizeram não saber o suficiente sobre o tema e 10% ouviram boatos negativos sobre vacinas.

Entre os boatos, os entrevistaram citaram notícias falsas sobre outras doenças e mortes causadas pelos imunizantes, desinformação sobre possíveis efeitos colaterais que poderiam surgir, informações falsas sobre a não comprovação científica da eficácia das vacinas, notícias não verdadeiras sobre vacinas serem responsáveis por mais mortes que o próprio vírus e por alterarem o DNA humano, além de teorias conspiratórias.

Os boatos chegaram ao pesquisados por meio de redes sociais (48%), pessoas próximas (22%), mídia (17%), conversas entre pessoas da região em que vivem (4%) e outros lugares (9%).(14%) e quem afirma que não pretende se imunizar (7%).

Cristina Albuquerque, chefe de Saúde do UNICEF no Brasil, fala da importância de manter as pessoas dessa faixa etária bem informada. “Embora elas e eles ainda não estejam entre os grupos prioritários para a vacinação, elas e eles são importantes atores para replicar informações verdadeiras nos seus diferentes ambientes de convivência, e ajudar no combate às notícias falsas, online e offline. Para tanto, é fundamental que elas e eles estejam bem informados”, ressalta.

Para melhorar o fluxo de informação entre essas pessoas, o Unicef em parceria com a Viração Educomunicação lançou um programa chamado chatbot VacinasInfo, que funciona como uma central de dúvidas sobre as vacinas e a covid-19.

O robô pode ser acessado enviando a palavra-chave “VacinasINFO” para o WhatsApp ou página do Facebook do projeto, e pode ser acessado por toda a população. Entre os tópicos abordados, estão desenvolvimento, segurança e acesso às vacinas e orientações para se proteger da covid-19.

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