No mês da mulher, Vanda Lu faz live em homenagem a Jovelina Pérola Negra

Sambista foi voz da resistência feminina no Samba

 

Jovelina Pérola Negra nos deixou há 22 anos, mas eternizou um legado não apenas na música brasileira, como também na luta da mulher pelo reconhecimento no Samba. Foi uma voz de resistência feminina no partido-alto, estilo do gênero dominado historicamente por homens. Para relembrar sua história e sua obra, a cantora e compositora Vanda Lu realiza live no sábado, dia 20 de março, às 20h. A homenagem contará com as participações especiais da filha de Jovelina, Cassiana Pérola Negra, do grupo Deita e Rola e dos compositores Cléo di Loiola e Sidney Sá, da Acadêmicos do Salgueiro, e será transmitida pela página e pelo perfil de Vanda Lu no Facebook, respectivamente, @CantoraVandaLuBrasil e @vandalu (www.facebook.com/CantoraVandaLuBrasil /  www.facebook.com/vanda.lu.7).

 

Jovelina Pérola Negra nasceu em 1944, trabalhou como empregada doméstica e foi ambulante, mas nunca desistiu do sonho de se tornar cantora. Herdeira musical de Clementina de Jesus e fã de Bezerra da Silva, começou versando nas rodas de samba até despontar na década de 1980 com sua voz potente e ginga própria no LP “Raça Brasileira”, coletânea de 1985 com diversos artistas da nova geração do samba, interpretando “Feirinha da Pavuna”, “Pomba-Rolou” e, com Zeca Pagodinho, “Bagaço da Laranja”. No ano seguinte, lançou o seu primeiro disco, homônimo, e conquistou as paradas de sucesso com “Menina Você Bebeu”, “O Dia se Zangou”, “Pagode no Serrado” e “Camarão com Chuchu”. Gravou mais 6 álbuns, ganhou um Disco de Platina e consagrou, com seu canto inconfundível, uma coleção de canções, como “Sorriso Aberto”, “Luz do Repente”, “Banho de Felicidade”, “No Mesmo Manto”, “Sonho Juvenil” e “Sorriso de Banjo”.

 

– Conheci Jovelina nas quadras das escolas de samba, sempre esbanjando talento e um sorriso aberto, como na sua música. As nossas histórias se conectam em muitos aspectos, pois também sofri com o preconceito por entrar num ambiente predominantemente masculino. Quando penso em tudo o que ela enfrentou e o que representa, me emociono, me arrepio. Jovelina merece muitas homenagens e percebo que ainda há pouco reconhecimento a tudo o que ela fez e deixou. Não podemos esquecer a sua importância para o Samba, a nossa cultura e a luta das mulheres. Ela quebrou barreiras, venceu, conquistou o Brasil e abriu portas para muitas partideiras. É uma forma de também prestar uma homenagem a todas as mulheres neste mês de março – destaca Vanda Lu.

 

Nascida na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Vanda Lu descobriu o seu talento para a música com apenas 12 anos, no fim dos anos de 1970. Iniciou a sua carreira no mundo do Samba em pequenas apresentações até se destacar no carnaval defendendo sambas-enredo e compondo em grandes agremiações, abrindo caminho para muitas mulheres. Com mais de 30 anos de carreira e quatro álbuns lançados, coleciona shows pelo mundo em diversas casas e festivais. Há muito tempo, concilia a sua agenda entre o Brasil e o exterior, em especial, a Europa, onde reside e possui carreira bem consolidada. Gravou o seu primeiro disco, “Serpente”, em 1995 e o segundo, “Explosão”, em 1997, ambos com a proposta de valorizar as raízes da música brasileira. Ao longo da sua trajetória, a sua discografia foi se ampliando e inserindo novos elementos e estilos, principalmente a dance music, com a colaboração de grandes nomes, como o arranjador francês Claude Salmieri.

 

Com direção de Serginho Deita e Rola e Santista Carlos, essa é a primeira live da diva em 2021 e dá sequência a uma série iniciada em dezembro do ano passado.

 

SERVIÇO:

 

Live Vanda Lu canta Jovelina

 

Data: sábado, dia 20 de março, às 20h.

 

Facebook: www.facebook.com/CantoraVandaLuBrasil / www.facebook.com/vanda.lu.7

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