Mineração de Bitcoin ultrapassa Argentina em consumo de energia, diz estudo

Estudo feito pela Universidade de Cambridge reacende debate sobre consumo de energia da criptomoeda.

 

 

mineração de Bitcoin foi uma atividade impulsionada com a alta nos preços da moeda, já ultrapassando o consumo de energia da Argentina. O país é o terceiro mais populoso da América do Sul.

Considerado uma atividade essencial ao funcionamento da rede, a mineração é realizada por máquinas específicas. Desse modo, os chamados mineradores ligam esses equipamentos para garantir o funcionamento das transações.

Quem são e onde moram é uma incógnita, uma vez que a atividade é descentralizada. Hoje, governos, empresas e pessoas mineram Bitcoin, seja em casa ou galpões pelo mundo.

Apesar de garantir a segurança da rede, há uma preocupação com a questão ambiental do Bitcoin. As informações são da BBC.

A mineração de Bitcoin já ultrapassa o consumo de energia da Argentina, entenda

A Argentina é um dos principais países da América do Sul, com uma população estimada em 44 milhões. Atravessando uma crise na economia, a população argentina é uma das principais a aderir ao Bitcoin no continente.

Segundo a BBC, a mineração de Bitcoin, feita pelo mundo todo, já consome mais energia que o país sul-americano.

O levantamento foi feito em uma pesquisa na Universidade de Cambridge, uma das mais importantes da Inglaterra. Segundo os pesquisadores, a mineração consome 121,36 terawatt-horas (TWh) por ano, enquanto a Argentina, consome 121 TWh.

Apesar da proximidade, os dados chamaram atenção dos pesquisadores sobre o consumo de energia utilizado para manter a maior criptomoeda do mundo funcionando.

O estudo, contudo, usou as estatísticas de consumo de energia de 2016. Ou seja, com a recente digitalização vista pelo mundo, pode ser que a Argentina ainda tenha o consumo de energia maior que o Bitcoin. Na época, o Brasil consumia 509,1 TWh.

Consumo de energia do Bitcoin deverá se manter em alta, a menos que preço da moeda caia

Com o preço do Bitcoin em plena expansão, alcançando recordes seguidos no mercado, os mineradores têm muitos incentivos para intensificar sua atividade. Quanto mais máquinas ligadas na rede, mais difícil fica obter a recompensa, cada vez mais valiosa.

Esse pico na atividade dos mineradores acabou levando o Bitcoin a registrar altas seguidas na taxa de hashs nos últimos meses. Em fevereiro de 2021, por exemplo, a média de hashs dos últimos 30 dias segue acima de 150 EH/s, medida nunca vista na história da moeda.

Taxa de hash do Bitcoin em 10/02/2021
Taxa de hash do Bitcoin em 10/02/2021 – Reprodução

Dessa forma, os pesquisadores da Universidade de Cambridge acreditam que o consumo de energia do Bitcoin tende a permanecer em alta. Essa realidade seria pelo menos até uma queda nos preços do Bitcoin, fato que tira o incentivo dos mineradores de continuar a atividade.

O alto consumo do Bitcoin atraiu novamente críticos para a moeda, desta vez, aqueles preocupados, com razão, com o meio ambiente.

Segundo a BBC, David Gerard, que tem até um livro sobre o Bitcoin, afirmou ser uma pena desperdiçar tanta energia com o Bitcoin. Para ele, a criptomoeda não passa de uma loteria. Gerard criticou até a compra de Bitcoin feita pela Tesla, que tem se preocupado com o meio ambiente nos últimos anos.

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