A nova mutação foi detectada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra em setembro e está rapidamente se tornando a cepa dominante em Londres e outras regiões do país
A mutação não é mais letal do que outras cepas dominantes, mas pode ser mais transmissível. No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. “A prevenção ainda é o método mais eficaz para barrar a propagação do vírus: lavar as mãos, intensificar o distanciamento físico, usar máscaras e deixar os ambientes sempre ventilados. Apesar das festas de fim de ano e das férias que se aproximam, é imperativo reforçar os cuidados”, explica o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.
O laboratório informou por meio de nota que o estudo para descoberta desta cepa foi iniciado em meados de dezembro, quando o Reino Unido publicou as primeiras informações científicas sobre a variante, que se caracteriza por apresentar grande número de mutações, oito delas ocorrendo na proteína da espícula viral (spike). Foram analisadas 400 amostras de RT-PCR de saliva e duas amostras apresentaram a linhagem B.1.1.7. “A spike é a proteína que o vírus usa para se ligar à célula humana e, portanto, alterações nela podem tornar o vírus mais infeccioso. Os cientistas ingleses acreditam que seja esta a base de sua maior transmissibilidade”, explica o virologista da Dasa, José Eduardo Levi.
Números de São Paulo
O Estado de São Paulo contabilizou nesta quinta-feira 46.717 mortes e 1.462.297 casos confirmados de covid-19. Em 24 horas, foram registrados 240 óbitos e 10.219 casos.
A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 61,3% no Estado e de 65% na Grande São Paulo. De acordo com o balanço da Secretaria Estadual da Saúde, 10.821 pacientes estão internados pelo coronavírus, sendo 4.790 em leitos de unidades de terapia intensiva. Ainda segundo os dados, 1.287.986 pessoas já se recuperaram da doença.