Gilmar Mendes cobra vacinação “urgente”: “Vacina não tem ideologia”

Ministro defendeu que imunização abarque todo o país e que a ordem de vacinação siga os “critérios de prioridade estabelecidos pelas autoridades sanitárias”

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que a vacina contra a covid-19 chegue a todos os lugares do país o mais rapidamente possível. Em meio a uma guerra política em torno do imunizante, Gilmar escreveu nas redes sociais nesta sexta-feira (25/12): “Vacinas não possuem ideologia”.
“Sua função científica é salvar vidas, como há tantos anos o fazem. Quase 190 mil já se foram pela covid-19. A imunização é urgente e deve abarcar todo o país”, afirmou o ministro.

Disputa política

Em uma transmissão ao vivo na véspera de Natal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem comandado as negociações pela compra de insumos e produção da vacina CoronaVac. Depois de o Instituto Butatan — que desenvolve o imunizante em parceria com a chinesa Sinovac — adiar a divulgação dos dados, Bolsonaro disse, sem mostrar provas, que eficácia da vacina estava “lá embaixo”.
O presidente também criticou a ida de Doria para os Estados Unidos após endurecer as regras de flexibilização no estado. Após a repercussão negativa da viagem, o governador pediu desculpas e voltou a São Paulo.

Prioridade

Gilmar também afirmou ser preciso “confiar nos critérios de prioridade estabelecidos pelas autoridades sanitárias”. Na última semana, o STF solicitou o recebimento de 7 mil doses de qualquer imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido foi negado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Vacinação no Brasil

O Brasil ainda não tem data para iniciar uma vacinação em massa. Enquanto vê vizinhos da América Latina, como México e Chile, começarem a cumprir seus planos de vacinação, o país deve esperar, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até o fim de janeiro de 2021, “na melhor hipótese”. Desde o início da pandemia, foram registrados mais de 7,4 milhões de casos em todo o território nacional e quase 190 mil mortes pela doença.
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