No dia da pessoa com deficiência, secretária surda é barrada no Planalto

Arco-íris no final da tarde no Palácio do Planalto, no dia da indicação do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo tribunal Federal. Primeira indicação do presidente Temer para o STFFoto: Sérgio Lima/PODER 360

Priscilla relatou que foi orientada a dar a volta na sede administrativa e ingressar por outra portaria. Ainda assim, disse não ter sido liberada

 

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Priscilla Roberta Gaspar, passou por um constrangimento nesta quinta-feira (3) ao chegar ao Palácio do Planalto para cerimônia do Dia da Pessoa com Deficiência.

Ao chegar à sede administrativa, Priscilla foi barrada duas vezes e precisou insistir para entrar no evento. Ela tem deficiência auditiva. O incidente atrasou a sua chegada à cerimônia, que teve a presença do presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O episódio foi relatado pela própria secretária nacional. Em discurso no evento, ela justificou o seu atraso e afirmou que teve um “probleminha ao entrar” no Palácio do Planalto.

“Ainda que eu dissesse que estava vindo para o nosso evento, no dia da pessoa com deficiência, apresentando meu crachá, não acreditaram que eu estava neste evento”, afirmou.

Priscilla relatou que foi orientada a dar a volta na sede administrativa e ingressar por outra portaria. Ainda assim, disse não ter sido liberada.

“Eu dei a volta e também não foi liberada a minha entrada. Mesmo eu dizendo que era secretária nacional dos direitos da pessoa com deficiência. Então, eu precisei dizer que eu, ainda sendo uma pessoa surda, não sou diferente de ninguém e isso me mostrou que nós precisamos ainda lutar bastante”, ressaltou.

Para lembrar a data, o presidente organizou uma cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de pelo menos seis ministros. A causa é cara à primeira-dama, que é autodidata em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e atuava como intérprete na Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro.

Na cerimônia desta quinta-feira (3), Bolsonaro assinou decreto que criou um comitê interministerial para discutir políticas públicas para pessoas com doenças raras.

As informações são da Folhapress

 

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