Secretário de Saúde descarta, a curto prazo, novo lockdown no DF

MADRID, SPAIN - MARCH 25: Members of the Military Emergency Unit (UME) take vans of the deceased for cold storage at the Palacio de Hielo ice rink on March 25, 2020 in Madrid, Spain. Spain plans to continue its quarantine measures at least through April 11. The coronavirus (COVID-19) pandemic has spread to at least 182 countries, claiming more than 18,000 lives and infecting hundreds of thousands more. (Photo by Carlos Alvarez/Getty Images)

Em coletiva no Palácio do Buriti, Osnei Okumoto afirmou que vai conversar com a Fecomércio e os sindicatos do comércio para incentivar ações de prevenção

 

Em coletiva no Palácio do Buriti, na manhã desta última segunda-feira (30/11), o secretário da Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, descartou, em curto prazo, realizar novo lockdown na cidade. Ele afirmou que vai conversar com representantes do comércio para intensificar a fiscalização e o cumprimento das medidas de combate a covid-19 e, assim, amenizar uma possível segunda onda da pandemia.

“A alta taxa de transmissão nos preocupa muito. Por isso, vamos conversar com a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal) e sindicatos para que possamos fazer uma grande mobilização de ações de prevenção. Assim, poderemos ter um Natal e um ano novo tranquilos no DF”, afirmou o secretário. O índice citado por ele chegou a 1,3 e indica um avanço da doença na capital federal, em que 100 infectados passam o vírus para 130 pessoas.

Outros dois fatores observados para avaliar o andamento da pandemia são o número de óbitos e a quantidade de pessoas internadas para tratar a covid-19. Para Okumoto, as taxas avaliadas chamam a atenção, mas não demonstram a necessidade de retomar medidas rígidas como o fechamento do comércio. “Há um aumento de casos, mas, ainda, temos leitos vazios em UTI (unidade de tratamento intensivo) e enfermarias da rede pública. É o que estamos observando para decidir as medidas de enfrentamento necessárias”, disse o chefe do secretário.

A afirmação de Okumoto reforça a declaração do governador Ibaneis Rocha (MDB). Em 18 de novembro, o chefe do Executivo local adiantou que, caso a segunda onda de covid-19 ocorra, medidas como o fechamento do comércio não serão adotadas.

Descuido

Okumoto avaliou que o número de casos aumentou devido a um descuido da população. “Foi um relaxamento por parte da população. Percebemos uma grande quantidade de jovens em bares e estabelecimentos compartilhando itens de uso pessoal, como copos, e sem máscaras. Por isso, solicito que a população tome cuidado e não relaxe”, afirmou.

Inquérito epidemiológico

Para se preparar para a segunda onda, a pasta vai fazer um inquérito epidemiológico da covid-19. A previsão é que se inicie na quarta-feira (2/12), em Ceilândia, e tenha fim em 20 de dezembro. “É necessário, a nível de estudo e pesquisa, para entender como o vírus circulou e circula no DF”, considerou Okumotu.

O inquérito será realizado por meio de amostragem e sorteio, com busca ativa das pessoas para fazer os testes. Serão 230 sorteados em cada uma das 34 regiões administrativas para fazerem exames e verificarem se já tiveram contato com o vírus ou não. “Precisaremos do apoio de todos para realizarmos este estudo”, frisou o secretário.

A pasta recebeu a doação de 10 mil testes para serem usados neste inquérito. Foram solicitados 34 profissionais da atenção primária, 34 bombeiros e viaturas, além de 34 profissionais do Sesc para auxiliarem no processo.

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