Empresas são suspeitas de fazer contratos superfaturados e não entregar equipamentos comprados pela Prefeitura de Coronel Fabriciano (MG)
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (20), nove mandados de busca e apreensão em empresas investigadas por suspeita de superfaturamento na compra de equipamentos médicos junto à Prefeitura de Coronel Fabriciano, a cerca de 200 km de Belo Horizonte.
A operação Vácuo apura o uso de empresas “laranja” para a realização de contratos com a prefeitura, para a compra de respiradores bem acima do valor de mercado. Os equipamentos são fundamentais para atender a pacientes em estado grave em decorrência da covid-19.
A investigação ainda aponta para a suspeita de um eventual acordo entre as empresas contratadas para que não entregassem os equipamentos comprados pelo Poder Público.
Segundo a Polícia Federal, a principal empresa investigada, que não teve seu nome revelado, teria vendido dois ventiladores pulmonares e alugado outros 10 para a prefeiura da cidade. Pelas investigações, o preço de seis meses de aluguel do equipamento supera o valor total da compra.
A corporação ainda informou que há suspeita de que parte do material não tenha sido entregue ao executivo municipal. Uma nota técnica feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) informou que o prejuízo com o esquema é de, no mínimo, R$ 414 mil.
Pena
Caso os suspeitos sejam condenados, a pena pode chegar até 10 anos de prisão. A corporação informou que a prática de outros crimes que possam ser cometidos pelas empresas não estão descartados.