Matheus Leroy foi condenado por desviar R$ 600 mil que iriam para o tratamento do filho com doença rara; criança morreu em outubro de 2019
Matheus Henrique Leroy Alves, condenado por desviar dinheiro de uma campanha que arrecadava fundos para o tratamento do próprio filho, morto em 2019, teve a prisão domiciliar concedida pela Justiça. A progressão era prevista para ocorrer em agosto de 2021.
Alves foi preso no dia 22 de julho de 2019 em Salvador, na Bahia e cumpria pena de 7 anos por estelionato, apropriação e desvio de valores de pessoa portadora de deficiência, abandono material e falsa comunicação de crime na APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) de Conselheiro Lafaiete, a 96 km de Belo Horizonte.
Caso João Miguel
O garoto João Miguel, de um ano e dez meses, lutava contra a amiotrofia muscular espinhal. Como as seis doses do remédio para o tratamento custavam quase R$ 2 milhões, a família decidiu fazer uma vaquinha virtual para arrecadar o dinheiro necessário. A campanha mobilizou muitas pessoas, inclusive a Polícia Civil, que promoveu uma corrida de rua para a arrecadação de fundos.
Matheus Henrique Leroy Alves fugiu para a Bahia com cerca de R$ 600 mil, mais da metade do valor arrecadado para o tratamento. O homem exibia uma vida de luxo nas redes sociais às custas do dinheiro que havia sido doado para o filho. No local da prisão, a polícia encontrou vários cordões de ouro, relógios de marca e maconha.
Em outubro de 2019, João Miguel morreu por causa da amiotrofia muscular espinhal. Dois meses depois, Matheus Leroy foi condenado a 7 anos e seis meses de prisão e ao pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 332.