Brasil inicia julho com mais de 60 mil óbitos pela covid-19

A atualização também confirmou mais 46.712 infecções, o terceiro maior aumento diário, e totaliza 1.448.753 casos de covid-19.

 

 

O Brasil iniciou o mês de julho ultrapassando a marca de 60 mil óbitos pelo novo coronavírus. Com mais 1.038 mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (1/7), o país soma 60.632 vítimas pela doença. A atualização também confirmou mais 46.712 infecções, o terceiro maior aumento diário, e totaliza 1.448.753 casos de covid-19.

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Ao analisar a curva dos registros de casos e mortes por semana epidemiológica, o Ministério da Saúde observou que o Brasil ainda vê um crescimento da curva em relação aos número de novas infecções. Da 25ª semana epidemiológica para a 26ª, esse número cresceu 13%. No entanto, o aumento foi proporcionalmente menor que o observado da 24ª para a 25ª, de 22%.
Em relação aos óbitos, a situação é contrária já que houve redução ao comparar os óbitos registrados na 25ª e 26ª semana. Houve uma pequena redução de 2%. “Há um comportamento de um platô do número de óbitos, que a gente já tinha falado”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia.
A ampliação da testagem é uma “hipótese plausível”, como definiu o ministério, para explicar o aumento de casos em divergência com uma possível estabilização de óbitos. “O Ministério da Saúde vinha percebendo, pelos dados epidemiológicos, que vinha acontecendo um fluxo muito claro da interiorização da doença no país e foi exatamente nesse sentido que nós planejamos nosso programa de testagem. A nossa programação de testagem é para que nós possamos tratar pacientes na ponta, na atenção básica. Isso já está acontecendo no país”, disse Correia.

Interiorização

Com o avanço da interiorização da epidemia no Brasil, 5.021 dos municípios do Brasil, ou seja, 90,1%, têm pelo menos um caso de covid-19 registrado. Quando o recorte são as cidades que já confirmaram óbitos pela doença a porcentagem cai, mas ainda chama atenção. Quase metade dos municípios, 45,8%, já confirmaram ao menos uma morte.
Apesar da diversidade de características das curvas de casos e óbitos por região, em todas os técnicos da pasta observaram que há a tendência de migração dos aumentos para o interior. “A distribuição de casos de covid nas capitais vem diminuindo gradativamente e consistentemente, ao passo que estão aumentando no interior”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, fazendo, ainda, a mesma análise para os óbitos.

Em números absolutos, a concentração dos óbitos ainda se constitui em maior densidade nas cidades maiores e capitais do Brasil. Apenas 139 municípios registraram mais de 51 mortes por covid-19. A maioria das cidades, 2.059, confirmou de 1 a 10 óbitos pela doença.

Regiões

No recorte por regiões do país, se observa que todas elas confirmaram um aumento de casos na última semana epidemiológica avaliada, a 26ª. A região Sul foi a que relatou o maior aumento, de 47%. Enquanto isso, o Norte e o Nordeste foram as únicas regiões que observaram uma redução no registro de novos óbitos na 26ª semana.
Ao ser questionado se o Ministério da Saúde irá orientar medidas de restrição mais intensas aos estados diante do aumento de casos, o secretário de Vigilância em Saúde afirmou que isso não é papel da pasta. “Com relação a orientar a tomar decisão de restrição ou não não cabe ao Ministério da Saúde, mas ao gestor local. Nós iremos dar suporte e o apoio necessário em cima da decisão tomada pelo gestor”, indicou.
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