Líder religioso usava conhecimento em teologia para abusar de jovens

Investigações apontam que os abusos ocorriam fora da igreja, durante reuniões do grupo denominado “Os cuecas”. Os encontros eram promovidos em retiros e até mesmo na casa dos membros

 

 

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu as investigações sobre o líder religioso, de 30 anos, acusado de abusar sexualmente de 12 jovens, entre 14 e 21 anos. As vítimas eram membros da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, no Gama.
Mais de 30 pessoas, entre vítimas, familiares e o próprio autor, foram interrogadas. “Com os depoimentos, conseguimos traçar o perfil do acusado e percebemos que, em todos os relatos, havia várias semelhanças”, explicou o delegado à frente do caso, Renato Martins.
De acordo com o investigador, para atrair as vítimas, o religioso usava do conhecimento filosófico e teológico. “Durante os ensinamentos, ele dizia que Jesus Cristo era homossexual e tentava convencer as vítimas ao ato sexual”, detalhou.
Os abusos ocorriam fora da igreja, durante reuniões do grupo denominado “Os cuecas”. Os encontros eram promovidos em retiros e até mesmo na casa dos membros. “Se aproveitando desse momento, o autor chegava a se deitar ao lado das vítimas e praticava masturbação e, às vezes, chegava a passar a mão nas partes íntimas dos jovens”, acrescentou o delegado.

Desdobramento

Os abusos vieram à tona após uma live da banda do acusado, na qual, durante a apresentação, um espectador o apontou como autor dos crimes. Logo o assunto tomou conta da comunidade religiosa.
De acordo com relatos das vítimas, alguns abusos começaram em 2011, mas o mais recente ocorreu em 2017. No entanto, a polícia não descarta que o autor possa ter feito outras vítimas. “O fato de encerrarmos a apuração não significa que não podemos abrir novas investigações a respeito do caso. Até porque, quando o assunto veio à tona, novas pessoas apareceram para denunciá-lo”, frisou Renato Martins.
Investigações apontaram, ainda, que em dois casos, o líder religioso chegou a penetrar nos jovens. O acusado responderá pelos crimes de estupro qualificado. Na época, as vítimas tinham 14 anos.
A Polícia Civil pediu o mandado de prisão preventiva ao suspeito, mas o Ministério Público optou pelo deferimento do pedido.
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