Caso Bel: especialista alerta sobre os riscos de exposição infantil na internet

A hashtag #salvebelparameninas traz à tona discussão sobre vídeos constrangedores envolvendo influencer mirim

Isabel, mais conhecida como Bel, é uma youtuber de 13 anos e deu o que falar na internet nesta semana. Ela, como uma das protagonistas do canal “Bel para Meninas”,  foi motivo da tag #salvebelparameninas no Twitter, que já conta com mais de 600 mil interações. Internautas acusam os pais de pressionar a pequena influencer a participar de vídeos polêmicos. Fabrício Nogueira, terapeuta e especialista em inteligência espiritual, faz um alerta sobre este tipo de exposição na internet.

“Por ser criança, ela ainda está estruturando sua formação e personalidade. Por isso, são mais suscetíveis a traumas e problemas psicológicos”, explica o especialista. Os canais “Bel” e de sua mãe “Fran para meninas” somam cerca de 13 milhões de inscritos. Nos vídeos, a jovem youtuber aparece em situações constrangedoras. Em um deles, a adolescente de 13 anos chega a vomitar ao ter que experimentar uma bebida. Já em outro, é forçada a comer e escuta a seguinte frase da mãe: “engole e morre engasgada”.

Vídeos como esse e expressões da garota, que aparece desconfortável em diversas postagens, geraram revoltas. Internautas acusam Fran de expor a filha a situações desagradáveis para alcançar números e resultados com o canal.

O especialista ressalta que as crianças estão mais suscetíveis a problemas na internet, podendo causar distúrbios emocionais graves. “Quando o menor não atingiu a plenitude de sua formação de personalidade, é muito importante ter um cuidado extra na exposição das suas fragilidades. É preciso preservar a saúde mental e até mesmo biológica. Dependendo da estrutura emocional, esse tipo de conteúdo e desaprovação na internet pode agravar sintomas de depressão, ansiedade, pânico e fobia social”,  afirma.

Outro ponto abordado pelos internautas, é a extrema infantilização de Bel que já tem 13 anos. Com o canal ativo desde o 6 anos de idade, o conteúdo expresso nos vídeos parece o mesmo do início. Para Fabrício, a interferência dos pais no crescimento dos filhos é outro ponto que merece ter cuidado. “É normal que os pais não queiram que os filhos cresçam, mas esse processo deve ser respeitado”, completa.

Fabrício ainda alerta que pequenas coisas para uma criança podem significar muito. Por isso, excesso de exposições, até mesmo às críticas, podem levá-las a ter uma visão deteriorada de si mesmas. “Os pais devem se colocar no lugar delas e fazer as seguintes perguntas: como eu me sentiria nessa idade com essa postagem?! Eu me sentiria bem visto?! Fazer esses questionamentos podem ajudar em uma ambiente mais seguro para trabalhar na internet”, conclui o especialista.

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