Governo detalha hoje o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial

Calendário será divulgado hoje e deverá apresentar um intervalo maior entre os dias de depósito, a fim de evitar aglomerações nas agências da Caixa

 

A segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 vai começar a ser paga na próxima segunda-feira. A data foi confirmada ontem pela Caixa Econômica Federal (CEF), que promete detalhar o cronograma de pagamentos do benefício hoje com o Ministério da Cidadania. “Nós começamos na segunda-feira. Amanhã (sexta-feira), às 15h, eu e o ministro Onyx vamos dar todos os detalhes. Mas nós começamos na segunda e faremos toda a questão via mês de nascimento, exatamente para que nós tenhamos uma tranquilidade maior no pagamento. Amanhã a gente detalha”, anunciou o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, durante a live do presidente Jair Bolsonaro.
O calendário de pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial é aguardado há 15 dias por 50,5 milhões de brasileiros que já receberam a primeira parcela dos R$ 600. O pagamento estava previsto para começar no último dia 27, mas acabou sendo adiado depois que o número de brasileiros elegíveis ao benefício superou as expectativas do governo, levando o Executivo a ampliar o orçamento do programa para mais de R$ 120 bilhões.
O próprio Bolsonaro admitiu, na live desta quinta-feira, que era grande a expectativa da população brasileira pela segunda parcela do auxílio emergencial. “O pessoal estava desesperado, cobrando”, disse o presidente.
O governo ajustou o cronograma de pagamentos dos R$ 600 também com o intuito de evitar a formação de novas filas e aglomerações nas agências da Caixa. O recurso deve ser liberado de forma mais espaçada. A ideia inicial na Caixa era liberar o auxílio dos trabalhadores nascidos em janeiro em um dia; o dos trabalhadores nascidos em fevereiro cerca de dois dias depois; e assim por diante. Essa ideia, porém, passou por ajustes no Ministério da Cidadania. E a decisão final sobre o esquema de pagamentos ficou a cargo do presidente Jair Bolsonaro. Por isso, o anúncio do cronograma completo da segunda parcela do auxílio emergencial será anunciado no Palácio do Planalto nesta sexta-feira.
Ao lado do presidente Bolsonaro, na live desta quinta, Pedro Guimarães garantiu, por sua vez, que o governo vai fazer o pagamento desses 50,5 milhões de brasileiros em tempo recorde.
Conta digital
O presidente da Caixa também anunciou que todos os 50,5 milhões de brasileiros já contemplados pelo auxílio emergencial receberão uma conta digital gratuita da Caixa. A ideia é de facilitar a movimentação dos R$ 600 durante o pagamento dessa segunda parcela. A conta digital permite fazer transferências, compras e pagamentos de forma remota e gratuita através do aplicativo Caixa Tem e dispensa, portanto, a necessidade do saque em espécie do auxílio emergencial.
“Para reforçar, nós aumentamos o número, vamos abrir para todas as pessoas do auxílio”, afirmou Guimarães. Ele disse que também vai detalhar a proposta nesta sexta-feira, mas lembrou que, até agora, essas contas digitais só estavam sendo abertas de forma gratuita para os beneficiários do auxílio emergencial que não tinham nenhuma conta bancária antes da pandemia da covid-19. Foram cerca de 20,5 milhões de contas abertas até o momento.
Novos pagamentos
Segundo a Caixa Econômica Federal, entre a noite desta sexta-feira e a manhã de sábado (16/05) também terá início o pagamento da primeira parcela dos R$ 600 para mais um grupo de brasileiros. Ao todo, mais 19 milhões de trabalhadores pediram o auxílio emergencial e ainda aguardam a análise cadastral do governo para saber se terão acesso ao benefício durante a pandemia da covid-19. A promessa do governo, contudo, é concluir a análise de cerca de 14 milhões desses cadastros nesta semana.
“Na sexta à noite, voltamos a pagar mais um lote da primeira parcela que estamos recebendo agora do Ministério da Cidadania”, anunciou Pedro Guimarães, sem dizer, contudo, quanto desses 14 milhões de cadastros foram aprovados para receber o auxílio emergencial.
Dinheiro seria para recrutas 
O presidente Jair Bolsonaro disse, ontem, que os mais de 73 mil militares que receberam o auxílio emergencial de forma irregular “vão pagar um preço um pouco alto” por terem tentado burlar o sistema do governo para receber os R$ 600. Segundo Bolsonaro, esses militares vão ter que devolver os recursos, como já determinou o Tribunal de Contas da União (TCU), e ainda vão sofrer uma punição disciplinar. “O recruta, alguns quis (sic) dar um golpe aí e se deu mal. Vão pagar um preço um pouco alto, porque é uma medida que tentou burlar a legislação”, afirmou Bolsonaro, na sua live de ontem. O presidente, contudo, também quis explicar o erro que permitiu o pagamento de cerca de R$ 43 milhões em benefícios emergenciais de R$ 600 para pouco mais de 73 mil militares. Ele alegou que se tratavam de recrutas que não declararam renda no ano passado e, por isso, acabaram passando pela análise cadastral que faz o filtro do benefício.
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