70% dos empreendedores estão pessimistas com a retomada das atividades no DF

Os setores de comércio e serviços tiveram suas atividades suspensas devido a medidas de proteção impostas como prevenção ao novo coronavírus

 

Pesquisa realizada pelo Instituto Opinião Informação Estratégica, por solicitação da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio), constatou que 70,2% dos empresários do comércio de Brasília não se mostram otimistas com o primeiro mês de faturamento depois que forem retomadas as atividades do setor. Estes empreendedores esperam uma queda no faturamento; já 12,8% acham que os ganhos vão permanecer como antes; o mesmo percentual acredita num aumento de faturamento; e 4,3% não souberam opinar. Os setores de comércio e serviços tiveram suas atividades suspensas no dia 18 de março, pelo governo do Distrito Federal, devido a medidas de proteção impostas como prevenção ao novo coronavírus.

Sobre o fluxo de clientes nos estabelecimentos após a reabertura, o sentimento também não é de otimismo: 42,6% responderam que diminuirá em função dos riscos do contato social; 40,4% avaliaram que diminuirá por conta da falta de dinheiro; 6,4% disseram que vai aumentar em função da demanda reprimida; 6,4% esperam que voltará a ser como antes e 4,3% não souberam opinar.

Sobre os empregos, a pesquisa mostra que 48,6% dos lojistas pretendem recontratar os funcionários, mediante aumento da demanda por produtos e serviços; 27% disseram que não vão recontratar; 21,6% afirmaram que pretendem recontratar, ainda que as vendas permaneçam estáveis, e 2,7% não souberam avaliar. O sócio da Opinião Informação Estratégica, o estatístico Alexandre Garcia diz que os empregos não terão uma retomada imediata após a abertura do comércio. “A demanda vai ditar o ritmo da volta dos empregos. Acredito que, na verdade, a retomada deve demorar, no mínimo, 6 meses. Só aí poderemos ter um termômetro para a recontratação dos colaboradores”, diz Alexandre.

Secretaria de Trabalho

Diante desse quadro de pessimismo por parte dos empregadores, inclusive com a previsão de 20 mil demissões no comércio, feita pelo presidente da Fecomércio, Francisco Maia, a secretaria de Trabalho do DF retomou o atendimento presencial em 12 dos 17 postos de atendimento. Na semana passada o órgão anunciou o oferecimento de 191 novos postos em diversas áreas. Hoje já existem 208 vagas, e algumas delas com salário acima de R$ 8 mil, como é o caso de quatro oportunidades de analistas de desenvolvimento de sistemas.

“Estamos esperando o levantamento dos números reais que é a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Companhia de Planejamento (Codeplan), mas mesmo antes do levantamento a Setrab já está trabalhando em conjunto com outras secretarias para amenizar o impacto negativo da crise”, disse o secretário de Trabalho, Thales Mendes Ferreira.

A Setrab afirmou que está atuando junto ao setor produtivo, ao Sistema S e aos sindicatos com o objetivo de captar vagas e oferecer cursos de qualificação profissional que possibilitem a reinserção de profissionais no mercado. De acordo com levantamento realizado pela Secretaria, os setores que mais oferecem empregos no momento são os de saúde, comércio delivery (entregador, motoboy e motorista), construção civil, e supermercado (atendente, operador de caixa e estoquista). A Setrab disse que desenvolvendo um planejamento estratégico que atenda também às necessidades dos empreendedores, já muitos terão que promover grandes mudanças em seus negócios devido ao novo cenário mundial causado pela pandemia de coronavírus.

 

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